Não há razão para que o Brasil cresça menos que a média mundial, diz Haddad
O ministro da Fazenda celebrou os resultados da economia brasileira e afirma que o país pode crescer dentro da média global, de 3% ao ano
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, continua a comemorar os bons números da atividade econômica brasileira. Segundo o ministro, os resultados são resultado de um “ciclo virtuoso” gerado por “ajustes no lugar certo”.
Nesta terça, o IBGE informou que o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,4% no 2º trimestre de 2024, chegando ao 12º trimestre seguido de alta no PIB. “Veja como você pode ter um ciclo virtuoso na economia quando faz os ajustes no lugar certo. Pessoas não se atentam para a qualidade do ajuste fiscal, vamos cobrar de quem tem de pagar, equilibrar as contas públicas”, disse o ministro em entrevista à Globonews, nesta quarta-feira, 4. Segundo Haddad, os ajustes feitos da economia levam a melhora do resultado. “O Brasil não tem motivos para crescer menos que a média mundial, que é de 3%”.
Após o resultado de ontem, a Fazenda deve rever as projeções de crescimento da economia, que até o momento estão em 2,5%. Vários bancos e casas de análise, entretanto, já revisaram suas projeções. O JP Morgan, por exemplo, prevê crescimento de 3,2% ante 2,9% estimados anteriormente, já o Goldman Sachs revisou de 2,5% para 3%.
Os dados fortes do PIB, que levam a onda de revisões, ligaram o alerta de agentes do mercado para um possível aumento de juros. Isso porque o crescimento tem grande impulso do consumo das famílias, aquecidos pelo mercado de trabalho e a renda em alta. Haddad, entretanto, não vê riscos de descontrole inflacionário, mas se esquivou de comentar sobre as apostas crescentes de aumento na taxa de juros na próxima reunião do Copom, marcada para daqui duas semanas. “Confiamos na capacidade técnica, não acho elegante da minha parte dizer o que o BC tem de fazer. Assim como eles também respeitam a autoridade fiscal da Fazenda”, resumiu.