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Ministério da Fazenda deve revisar para cima projeção para o PIB, avalia SPE

PIB brasileiro registrou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre, superando estimativa do último Boletim Macrofiscal

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 dez 2024, 11h52

Após os dados do PIB do terceiro trimestre apontarem um crescimento robusto da economia, a projeção do Ministério da Fazenda para o crescimento de 2024, atualmente em 3,3%, deverá ser revisada para cima, conforme avaliação de um relatório divulgado nesta terça-feira, 03, pela Secretaria de Política Econômica (SPE), órgão vinculado à Fazenda. A melhora na projeção deve vir ancorada, sobretudo, em perspectivas de maior crescimento para a indústria e para os serviços.

No terceiro trimestre de 2024, o PIB brasileiro registrou crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior, superando a estimativa de 0,7% prevista no último Boletim Macrofiscal, relatório bimestral do Ministério da Fazenda que apresenta projeções para a atividade econômica e a inflação de curto e médio prazos.

Na avaliação do SPE, o PIB do terceiro trimestre indica que a economia brasileira seguiu em ritmo sólido de expansão, mesmo com menores impulsos fiscais, impulsionada pelo bom desempenho da indústria de transformação e construção, além no crescimento na prestação de serviços.

No terceiro trimestre, a indústria apresentou um crescimento de 0,6%, refletindo uma desaceleração em relação ao avanço de 1,6% no segundo trimestre. Já o setor de serviços cresceu 0,9%, mantendo-se estável em relação ao período anterior. Na comparação anual, a indústria registra um crescimento de 3,6%, enquanto os serviços avançam 4,1%.

“Atividades mais sensíveis ao ciclo monetário e de crédito contribuíram em maior magnitude para explicar a expansão da atividade no terceiro trimestre, com destaque para as contribuições expressivas vindas da indústria de transformação e de outras atividades de serviços”, avalia o SPE.

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Do lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,5%, acima da variação de 1,4% no segundo trimestre. A formação bruta de capital fixo seguiu crescendo em ritmo robusto pelo quarto trimestre consecutivo, registrando variação de 2,1%, levemente inferior à alta 2,2% no segundo trimestre. “Pela ótica da demanda, esse crescimento se refletiu em forte expansão do consumo das famílias e, principalmente, do investimento”, explica o relatório.

Projeção

O SPE projeta que a atividade econômica continuará crescendo no próximo trimestre, embora com desaceleração, devido à política monetária mais contracionista, que deverá restringir a expansão do crédito e dos investimentos. No entanto, espera-se que o mercado de trabalho continue resiliente, impulsionando a produção e o consumo das famílias.

Para 2025, a instituição se mostra otimista em relação aos setores menos cíclicos da economia, como a agropecuária e a produção extrativa. “O bom desempenho dessas atividades deve ajudar a mitigar a desaceleração esperada nas atividades cíclicas, mais afetadas pelo aumento dos juros e pelos menores estímulos fiscais”, aponta o relatório.

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