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Mesmo com recuo na reta final, indústria cresce 3,1% em 2024, mostra IBGE

O resultado positivo no ano é o terceiro maior resultado nos últimos 15 anos, e vem mesmo após o setor registrar três meses consecutivos de queda na reta final

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 fev 2025, 09h36 - Publicado em 5 fev 2025, 09h29

Apesar do recuo no fim do ano, a produção industrial brasileira encerrou 2024 com crescimento acumulado de 3,1%, segundo dados divulgados  nesta quarta-feira, 5, pelo IBGE.O resultado positivo no ano é o terceiro maior resultado nos últimos 15 anos, e vem mesmo após o setor registrar três meses consecutivos de queda na reta final. O recuo em dezembro foi de 0,3%  frente a novembro, na série com ajuste sazonal, um resultado melhor do que o esperado. O consenso era de queda de 1,2%.  Na comparação com o resultado de dezembro de 2023 houve avanço de 1,6%.

 Com esses resultados, a produção industrial se encontra 1,3% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020); mas ainda está 15,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011, informa o IBGE.

A retração da indústria nos últimos meses do ano foi influenciada pela perda de fôlego de 15 das 25 atividades pesquisadas. Os principais impactos vieram da queda na produção de máquinas e equipamentos (-3%), produtos de borracha e material plástico (-2,5%) e metalurgia (-1,5%). Outros segmentos, como veículos automotores (-0,8%) e produtos químicos (-0,8%), também recuaram.

Por outro lado, setores como indústrias extrativas (0,8%) e bebidas (3,2%) puxaram os avanços no mês, acompanhados por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%), confecção de vestuário (4,0%) e produtos têxteis (2,9%).

Mês de dezembro tem quedas na maioria dos segmentos da indústria

Em dezembro, o gerente da pesquisa, Andre Macedo, destaca que o perfil é disseminado de taxas negativas no índice desse mês, alcançando 3 das 4 grandes categorias econômicas e 15 dos 25 ramos industriais pesquisados.

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“As principais influências negativas foram assinaladas por máquinas e equipamentos, com queda de 3,0%, interrompendo dois meses consecutivos de resultados positivos, e produtos de borracha e de material plástico, registrando recuo de 2,5% e marcando a segunda queda seguida na produção”, diz.

Já os principais impactos positivos em dezembro de 2024 foram assinalados por indústrias extrativas e pelo setor de bebidas, com o primeiro segmento marcando o segundo mês seguido de crescimento, enquanto o ramo de bebidas interrompeu quatro meses consecutivos de taxas negativas.

Aquecimento do mercado de trabalho impulsiona expansão da produção em 2024

O gerente da Pesquisa destaca que o resultado de 2024 foi bastante disseminado, com as 4 grandes categorias econômicas e 20 dos 25 ramos industriais apontando expansão na produção. Em 2021,18 das 25 atividades registraram taxas positivas.

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“De modo geral, o crescimento do setor industrial em 2024 pode ser entendido a partir de alguns fatores, como o maior número de pessoas incorporadas pelo mercado de trabalho, a queda na taxa de desocupação, aumento na massa de salários e o incremento no consumo das famílias, beneficiado pelos estímulos fiscais, maior renda e a evolução na concessão do crédito”, explica.

As principais influências positivas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (12,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,2%), produtos alimentícios (1,5%) e produtos químicos (3,3%).

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