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Mercado volta a subir projeções de inflação e vê Selic acima de 12,5% em 2025

Segundo dados do Boletim Focus, inflação deve ser de 4,71% neste ano, acima do teto, e de 4,40% no próximo, muito perto do limite

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 dez 2024, 10h58 - Publicado em 2 dez 2024, 08h48

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central voltaram a subir a projeção da inflação para este ano. Segundo dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 2, o IPCA, índice oficial de inflação, deve encerrar o ano em 4,71%. A estimativa é 0,08 ponto maior que a da semana passada. Para o ano que vem, os economistas também veem um cenário de pressão inflacionária. A expectativa é que o índice de preços encerre 2025 em 4,40%.

O centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3% para este ano e os próximos, com teto de 4,5%. Ou seja, neste ano, a aposta do mercado é certa em um estouro da inflação, que não acontece desde 2022. Já para o próximo ano, a projeção está muito próxima do limite.

Com isso, os analistas consultados pelo BC veem mais juros no horizonte. Para este ano, a projeção se manteve em 11,75%, indicando um aumento de 0,5 ponto na reunião de dezembro. Já para o próximo ano, a estimativa é de uma Selic a 12,68%, 1,43 ponto acima da taxa atual.

As revisões ocorrem após a divulgação do aguardado pacote de corte de gastos, divulgado na semana passada pelo governo. As medidas, que segundo o governo devem reduzir as despesas em até 70 bilhões de reais no período de 2025 e 2026, não foram bem recebidas pelo mercado. Além das medidas de ajuste serem consideradas paliativas pelos analistas, a inclusão do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda no anúncio não caiu bem. A percepção negativa fez com que o dólar disparasse. Esses valores mais altos pressionam ainda mais a inflação e, com isso, a expectativa de juros mais altos.

Para este ano, os economistas estimam o dólar a 5,70 reais, mesmo valor da semana passada. Para o próximo ano, houve revisão para 5,60 reais, 5 centavos acima do estimado na semana passada. Os valores são menores do que a cotação de fechamento da semana passada, quando a moeda alcançou 6 reais, nova máxima nominal. 

Além da desancoragem inflacionária, o avanço da atividade econômica também é um dos motivos que levaram o BC a começar o ciclo de aperto monetário. Os economistas consultados pelo Focus subiram a previsão de expansão do PIB de 3,17% para 3,22% neste ano. A projeção do mercado é ligeiramente superior à do governo, de 3,2% para este ano. 

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