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Mercado volta a sentir o baque da retórica de Trump em semana de Super Quarta

Ibovespa recua em meio à cautela global com novas ameaças tarifárias de Trump e expectativa pelas decisões de juros nos EUA e no Brasil

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 Maio 2025, 11h44 - Publicado em 5 Maio 2025, 11h43

Os mercados iniciam a semana em compasso de espera, refletindo cautela diante de uma confluência de eventos capazes de alterar a trajetória de ativos. Em uma típica sessão de segunda-feira, marcada por baixa liquidez e apetite contido por risco, o pano de fundo é dominado pelas incertezas comerciais e pelas decisões de política monetária que serão anunciadas na chamada “Super Quarta”, quando o banco central americano, o Federal Reserve (Fed), e o Banco Central do Brasil definirão suas próximas movimentações nos juros.

Nos Estados Unidos, a expectativa é que o Fed mantenha os juros entre 4,25% e 4,50%, mas os holofotes estarão sobre a retórica adotada pelo presidente da autarquia, Jerome Powell. O mercado busca sinais mais claros sobre o cronograma de cortes e o diagnóstico da autoridade monetária em relação ao mercado de trabalho e à inflação — uma combinação de fatores que tem testado a resiliência da narrativa dovish que vem ganhando espaço nos últimos meses.

No Brasil, o mercado está dividido entre uma elevação de 25 ou 50 pontos-base na Selic. O Boletim Focus divulgado nesta manhã trouxe a terceira revisão consecutiva para baixo nas projeções do IPCA de 2025 e também reduziu a estimativa para a taxa Selic ao fim deste ano.

 A leitura é de que o espaço para um aperto mais brando está aberto, embora o tom do comunicado do Copom possa indicar uma postura mais vigilante a depender do ambiente externo.

No câmbio, o real se fortalece diante do enfraquecimento global do dólar, sendo negociado a R$ 5,64 às 11h30, sustentado por fluxos pontuais e pela percepção de que o Brasil oferece prêmio de risco atrativo em um cenário de incertezas prolongadas. O Ibovespa opera em queda, pressionado pelo desempenho das ações da Petrobras, que reagem negativamente à decisão da Opep de aumentar a produção em junho. Além disso, declarações do presidente americano Donald Trump voltaram a alimentar o clima de tensão comercial, com ameaças de tarifação de 100% sobre filmes estrangeiros e a exclusão da China das conversas comerciais desta semana. A retórica protecionista reacende temores sobre a fragmentação do comércio global e esfria o humor dos mercados externos.

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