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Mercado espera novo corte na Selic, mas com mudança no tom do comunicado

Apesar de cenário menos favorável, projeções para a Selic terminal se mantêm na casa dos 9%

Por Camila Barros Atualizado em 20 mar 2024, 08h39 - Publicado em 20 mar 2024, 08h34

Nesta quarta-feira, 20, o Copom deve anunciar uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, levando-a para o patamar de 10,75% ao ano. Este já é uma visão unânime no mercado, segundo dados de Opção de Copom da B3, ferramenta que acompanha as expectativas dos investidores para as reuniões de política monetária. Restam, no entanto, dúvidas sobre os próximos passos do BC brasileiro – por isso, os olhares devem se voltar para o comunicado que acompanha a decisão.

Para analistas do BTG, é importante identificar se o Copom ajustará a linguagem de seu próximo comunicado, indicando mais cautela com o cenário de desinflação, em linha com declarações recentes de membros do comitê. “Vários membros do Copom falaram desde a última reunião. O tom geral foi de maior atenção ao processo mais lento de desinflação, tanto global quanto doméstico”, afirmam em relatório. No início de março, Roberto Campos Neto, presidente do BC, disse que a inflação de serviços mais alta deve ser um ponto de atenção, e que a questão está relacionada ao mercado de trabalho apertado tanto nos EUA quanto no Brasil.

O BTG indica que o comunicado do Copom, agora, pode parar de sinalizar cortes — no plural — de 0,50p.p. para as próximas reuniões. Essa alteração na comunicação traria um tom a mais de cautela. Ainda assim, o banco mantém sua previsão de Selic a 9,5% ao final de 2024.

Já a XP acredita que o comitê manterá o ritmo de flexibilização monetária (0,50 p.p.) nos próximos meses. “Não vemos, portanto, a necessidade do Copom retirar as projeções futuras de corte no comunicado da reunião desta semana”, afirma Camilla Dolle, head de Renda Fixa, em relatório. Os analistas da corretora projetam um cenário de quatro cortes adicionais de 0,50 p.p. e um ajuste final de 0,25 p.p., levando a taxa Selic para 9%. Segundo a projeção, este patamar deve ser mantido até o final de 2025.

O Bank of America (BofA) avalia que o comitê deve manter a perspectiva de reduções na mesma magnitude para as próximas reuniões, mas poderá destacar a resiliência da atividade econômica e a persistência da inflação como pontos de alerta. No cenário internacional, o banco avalia que as condições para as quedas de juros nos EUA estão menos favoráveis, com resultados de inflação mais forte e um mercado de trabalho ainda aquecido. Por outro lado, “o preços mais altos do petróleo e a deterioração no mercados de capitais locais pesam negativamente nas condições financeiras brasileiras, favorecendo a continuação dos cortes de taxa”, escreve David Beker, chefe de economia e estratégia do BofA para Brasil e América Latina, em relatório.

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