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Meirelles descarta elevar imposto como alternativa à Previdência

Segundo ele, há uma percepção no país da necessidade de aprovação da reforma

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 25 jan 2018, 17h25 - Publicado em 25 jan 2018, 16h52

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira 25 que não há um plano B no governo caso a reforma da Previdência seja engavetada. Meirelles descartou elevar impostos e ressaltou que as medidas do governo para o ajuste fiscal são mais pelo lado do controle de despesas. 

“Não estamos considerando elevar impostos agora, estamos avaliando outros tipos de controle das despesas”, afirmou Meirelles ao falar do ajuste fiscal. 

Ele se disse confiante na aprovação do texto pelo Congresso em fevereiro, segundo entrevista à agência de notícias Bloomberg News. “Temos que votar e acho que agora há um melhor entendimento no país e no Congresso das propostas da reforma”, completou. O ministro ressaltou que a reforma da Previdência vai beneficiar as classes de menor renda e criar um sistema previdenciário mais justo. “Acho que agora as chances de aprovação são muito melhores.”

Meirelles começou a entrevista afirmando que a agência de classificação de risco S&P Global Ratings deixou “muito claro” os motivos que provocaram o rebaixamento do rating soberano do Brasil e o principal deles foi a não aprovação da reforma da Previdência até agora. “Mais importante, eles (a S&P) indicaram o que será necessário para a melhora do rating que é a votação da reforma, que acredito que será agora, e em segundo lugar, que o Brasil cresça em 2018, que é um fato dado, porque o Brasil está crescendo”, disse ele, mencionando ainda como um terceiro fator a eleição presidencial. 

Meirelles foi questionado sobre a forte valorização do real nos últimos meses e perguntado se o nível atual da divisa preocupa o governo. O ministro afirmou que o patamar “não é problemático”, mas evitou falar em um nível que seria bom para o dólar no Brasil. A economia brasileira está crescendo, puxada pelo consumo e o mercado doméstico e as exportações são importantes, mas não são o principal fator para estimular o produto interno bruto (PIB), disse o ministro. 

O PIB brasileiro deve crescer cerca de 3% neste ano e Meirelles ressaltou que é provável que o número surpreenda para cima, assim como a arrecadação do governo, que pode vir melhor que o esperado. “Três por cento para o PIB é um bom número, é um número sólido”, disse ele, ressaltando que os agentes têm revisado as previsões de expansão para cima.

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