“Manteremos condições restritivas pelo tempo necessário”, diz Powell
Presidente do Fed não excluiu a possibilidade de corte de juros este ano, mas indicou inflação persistente no país.
Em discurso após a reunião de política monetária desta quarta-feira, 1º de maio, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que ainda não é hora de baixar os juros no país, mas não excluiu a possibilidade de cortes ainda este ano. “Não consideramos apropriado reduzir juros até ter confiança de que inflação está caminhando para meta de 2%. Manteremos condições restritivas pelo tempo que for apropriado”, disse.
O Fomc (comitê de política monetária dos EUA) decidiu nesta tarde manter os juros no patamar de 5,5% ao ano.
O tom adotado pelo dirigente foi de cautela. Em linha com o comunicado divulgado mais cedo, Powell afirmou que o cenário econômico está incerto e que a inflação no país permanece alta. Em relação ao mercado de trabalho, ele disse que a demanda por trabalhadores ainda está excedendo a oferta – o que mantém os empregos aquecidos.
Powell afirmou que há dois cenários em que é possível enxergar um corte de juros pela frente: caso o comitê ganhe mais confiança de que a inflação está diminuindo de modo perene, ou então que o mercado de trabalho dê sinais inesperados de enfraquecimento.
Apesar de reforçar várias vezes que a inflação não deu sinais de melhora nos últimos meses, Powell disse que os riscos para atingir os objetivos de emprego e inflação estão mais equilibrados.
O dirigente também não excluiu a possibilidade de um novo aperto monetário. “Se concluirmos que juros não estão restritivos os suficiente, poderemos aumentar”, disse. Ele, no entanto, deixou claro que não vê necessidade de um aumento de juros neste momento.