ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Mais de 3 mil funcionários da Boeing entram em greve e paralisam produção militar

A reinvidicação nas fábricas de defesa da companhia, em St. Louis e Mascoutah, é a primeira em quase 30 anos

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 ago 2025, 10h26 - Publicado em 4 ago 2025, 10h23

Trabalhadores sindicalizados da divisão de defesa da Boeing cruzaram os braços nesta segunda-feira, 4, em protesto contra a segunda proposta contratual rejeitada em apenas uma semana. A greve, que ocorre nas instalações de St. Louis, no Missouri, e Mascoutah, em Illinois, é a primeira do tipo desde 1996, quando a paralisação durou 99 dias.

O movimento envolve cerca de 3.200 membros do sindicato responsável pela montagem de aeronaves militares como o F-15 e o jato de treinamento T-7, além de mísseis e munições. Os trabalhadores também atuam na fabricação de componentes para os jatos comerciais 777-X da empresa.

A proposta rejeitada no domingo, 3, previa um contrato de quatro anos e, segundo a Boeing, um aumento salarial médio de 40% ao longo do período. A oferta foi considerada semelhante à apresentada na semana anterior e igualmente recusada pelos funcionários. Em comunicado divulgado após a votação, Dan Gillian, vice-presidente da Boeing e gerente geral das instalações de St. Louis, afirmou: “Estamos desapontados que nossos funcionários em St. Louis rejeitaram uma oferta que apresentava um crescimento salarial médio de 40%.”

A empresa informou que está preparada para a paralisação e pretende adotar um plano de contingência com o uso de trabalhadores não sindicalizados. A medida tem o objetivo de mitigar possíveis interrupções nas linhas de produção.

Apesar da tentativa de contenção, a greve amplia a pressão sobre a divisão de defesa e espaço da Boeing, que respondeu por 30% da receita da companhia no segundo trimestre. O impacto da paralisação ainda é incerto, mas o histórico recente coloca em perspectiva o risco de efeitos mais amplos. No final do ano passado, uma greve distinta, envolvendo a divisão de aviões comerciais na região de Seattle, paralisou a produção por semanas e forçou a Boeing a levantar quase US$ 24 bilhões por meio da venda de ações.

Continua após a publicidade

A CEO da Boeing, Kelly Ortberg, buscou minimizar o alcance da greve em St. Louis. Durante teleconferência com investidores realizada em 29 de julho, ela afirmou: “A magnitude disso é muito, muito menor do que o que vimos no outono passado.” Ortberg destacou que o sindicato envolvido na atual paralisação tem cerca de 10% do tamanho do sindicato baseado em Seattle que entrou em greve no ano anterior. “Eu não me preocuparia muito com as implicações da greve. Vamos gerenciar essa situação,” concluiu.

Ainda não há indicativo de quando as negociações serão retomadas, tampouco sinais de que os trabalhadores estejam dispostos a aceitar termos semelhantes aos já propostos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ECONOMIZE ATÉ 41% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.