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Maior setor do PIB, serviços se recuperam e crescem 0,4% em novembro

Resultado voltou ao campo positivo após três meses de queda; no acumulado em doze meses, crescimento é de 3%

Por Larissa Quintino Atualizado em 16 jan 2024, 15h36 - Publicado em 16 jan 2024, 09h18

O setor de serviços, o maior do PIB brasileiro, se recuperou em novembro após três meses de recuo. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, 16, o volume de serviços prestados subiu 0,4%. Três das cinco atividades investigadas pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) avançaram em novembro: outros serviços (3,6%), profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e serviços prestados às famílias (2,2%).

“As últimas três taxas negativas reduziram os ganhos, mas o resultado de novembro coloca o setor bem acima do patamar pré-pandemia”, observa o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. Além disso, o setor de serviços operava 2,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em dezembro de 2022.

De janeiro a novembro de 2023, o setor de serviços registra alta de 2,7%. Já no acumulado de doze meses, houve perda de dinamismo, uma vez que os serviços passaram de um avanço de 3,6%, em outubro, para uma expansão de de 3,0% em novembro. “Dado os efeitos cumulativos da política monetária restritiva, o menor crescimento da economia no segundo semestre de 2023 e o alto endividamento das famílias, a tendência é de uma continuidade da desaceleração do setor nos próximos meses. Contudo, o mercado de trabalho aquecido, a massa salarial em máximas históricas e o ciclo de queda da Selic serão vetores importantes para uma expansão do segmento, ainda que moderado, ao longo de 2024″, analisa Rafael Perez, economista da Suno Research.

Resultado

O maior impacto sobre o resultado geral veio da atividade de outros serviços (3,6%), que cresceu pelo terceiro mês seguido, acumulando alta de 4,9% no período. “Esse setor foi impulsionado pelos serviços financeiros auxiliares, especialmente pelo aumento da receita das empresas de uso do dinheiro digital, como as de máquinas eletrônicas de cartões de crédito e débito. Essa atividade não só impactou o resultado de outros serviços como também posicionou o setor de serviços como um todo no campo positivo”, diz o pesquisador.

Já os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,0%), que exerceram a segunda maior contribuição sobre a variação de 0,4% do setor, já haviam registrado alta de 1,1% em outubro, após uma queda de 1,0% no mês anterior. “Nesse segmento, os destaques foram as atividades jurídicas e as empresas de cartões de desconto e programas de fidelidade”, detalha Lobo.

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Os serviços prestados às famílias, com o avanço de 2,2% em novembro, recuperaram a perda registrada em outubro (-1,8%).

Por outro lado, as duas atividades de maior peso no setor de serviços ficaram no campo negativo. O volume dos transportes recuou 1,0%, quarta taxa negativa seguida do setor, que acumulou uma retração de 5,3% nesse período. Em novembro, o transporte de passageiros recuou 2,9%, terceira taxa negativa seguida, enquanto o de cargas avançou 0,6%, após três meses seguidos de queda.

“Os transportes representaram o impacto negativo mais importante no total do setor de serviços. Esse resultado foi influenciado especialmente pelo transporte aéreo, que caiu 16,1% em novembro, a retração mais intensa desde maio de 2022 (-18,6%). Essa queda ocorreu em decorrência dos preços das passagens, que subiram 19,12% naquele mês”, diz Lobo.

Os serviços de informação e comunicação, que representam cerca de 23% do total do setor, variaram -0,1%, após terem avançado 0,2% no mês anterior. “Em novembro, o segmento de telecomunicações caiu 3,2% e impediu um crescimento mais acentuado do setor de serviços como um todo”, analisa Lobo. Os serviços de tecnologia da informação (TI) cresceram 1,3% no mesmo período.

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