Lula pediu a inclusão de mais um ministério no pacote fiscal, diz Haddad
Ministro da Fazenda não detalhou qual pasta entrará na conta. Conjunto de corte de gastos segue sem data para ser anunciado pelo governo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 11, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para incluir mais um ministério, que não estava sendo cogitado até agora, no pacote de corte de gastos que o governo discute há mais de duas semanas. O petista não especificou qual pasta entrará na conta.
“As reuniões com ministros de Trabalho, Previdência, Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, elas já se completaram. O presidente pediu para incluir um ministério nesse esforço, uma negociação que deve ser concluída até quarta-feira. Eu não vou adiantar, porque não sei se vai haver tempo hábil de incorporar o pedido dele. Mas acredito que vai haver boa vontade”, afirmou na saída do prédio do Ministério da Fazenda.
Haddad negou que houve algum tipo de enxugamento nas propostas e que o pacote a ser anunciado será bom para todos. “Houve ajustes incorporados ao pacote de gastos, mas não chamaria de desidratação. Queremos crescer com baixa inflação e crescimento dos salários. Estamos muito seguros em relação ao que estamos fazendo. É para o bem dos trabalhadores, controlar a inflação. Manter a atividade econômica é parte do nosso trabalho, é equilíbrio entre variáveis importantes para todos os brasileiros. É manter a sustentabilidade da economia brasileira“, ressaltou o ministro, sem dar mais detalhes sobre as medidas.
“É aquela diretriz que nós anunciamos desde o começo desse processo, de fortalecer o arcabouço fiscal. Trazer para dentro do arcabouço aquilo que eventualmente não estiver se comportando como esperamos, para consolidar essa transição de um regime de déficit elevado e baixo crescimento para um regime equilíbrio fiscal com crescimento sustentável”, acrescentou.
Lula deve voltar a se reunir com a área econômica do governo nesta terça. A ideia é costurar a melhor forma de enviar os projetos para o Congresso. O presidente e o chefe da área econômica esperam apresentar antecipadamente as medidas aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).