Lula defende indicação de Marcio Pochmann ao IBGE
Em live, presidente afirmou que o economista, que sofre resistências dentro e fora do governo, "é um dos grandes intelectuais desse país"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira, 1º, a indicação do economista Marcio Pochmann à presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Não é aceitável as pessoas tentarem criar uma imagem negativa de uma pessoa da qualificação do Marcio Pochmann. É um dos grandes intelectuais desse país, um rapaz extremamente preparado”, defendeu Lula.
Seu nome foi indicado pelo PT, mas enfrentou resistência dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), que revelou, há alguns dias, que a indicação foi uma “escolha pessoal” de Lula e que não havia sido avisada sobre a indicação do petista antes do anúncio, mas que “acataria” qualquer nome. No fim de julho, ela veio a público com uma nova versão e disse à imprensa que a troca no IBGE, na verdade, vinha sendo discutida há 15 dias e que o nome do economista havia sido anunciado “preliminarmente”. “A Simone Tebet sabe que o Pochmann é o meu escolhido muito tempo atrás”, disse Lula nesta manhã.
Para aplacar o mal-estar com a nova chefe, Pochmann se reuniu com a ministra na última terça-feira, 31, para tratar dos primeiros passos à frente da autarquia. No encontro, ficou definido que sua prioridade será ouvir os funcionários do órgão para alinhar os primeiros passos, assim que assumir a cadeira, após o dia 7 de agosto.
Pochmann é tido como membro da ala mais “radical” do partido. Em 2007, enquanto presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ele congelou novas bolsas de pesquisa, promoveu demissões, extinguiu projetos e engavetou textos críticos às políticas do governo. “Escolhi porque confio na capacidade intelectual dele, é um pesquisador exímio. Agora, algumas pessoas que possivelmente queriam ir para lá ficam colocando dúvida sobre a idoneidade”, continuou o presidente.