A piora nas projeções reflete o aumento esperado no custo do crédito, cuja estimativa foi revista para um intervalo entre 59 bilhões e 62 bilhões de reais, acima da faixa anterior, de 53 bilhões a 56 bilhões de reais.

A margem financeira bruta do Banco do Brasil alcançou 26,4 bilhões de reais no terceiro trimestre, avanço de 5,1% em relação ao trimestre anterior e de 1,9% frente ao mesmo período de 2024. Já as receitas com prestação de serviços apresentaram queda de 2,6% na comparação anual, embora tenham crescido 1,3% no trimestre.

Resultados do agro

O custo do crédito registrou forte alta de 77,7% em um ano, somando 17,9 bilhões de reais no terceiro trimestre, também 12,7% acima do resultado do trimestre anterior. A inadimplência acima de 90 dias subiu para 4,93% em setembro, ante 4,21% em junho e 3,33% um ano antes.

Na carteira agropecuária, que vem pressionando os resultados do banco nos últimos trimestres, a taxa de atraso atingiu 5,34%, impactada principalmente pela cultura da soja e pelas dificuldades enfrentadas nas regiões Centro-Oeste e Sul, além do aumento nos pedidos de recuperação judicial do setor. O indicador antecedente de operações com atraso superior a 30 dias também disparou, passando de 5,53% no fim de junho para 7,78% no trimestre encerrado em setembro.