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Lucro da Petrobras recua 90% no segundo trimestre

No semestre, petroleira lucrou 5,86 bilhões de reais, montante 43% inferior ao primeiro semestre do ano passado

Por Da Redação
6 ago 2015, 19h28

A Petrobras anunciou na noite desta quinta-feira que seu lucro líquido no segundo trimestre foi de 531 milhões de reais, o que representa uma queda de 90% em relação ao resultado do primeiro trimestre. Em relação ao mesmo período de 2014, a queda é de 89%, quando o lucro ficou em 4,95 bilhões de reais. A empresa diz, em comunicado, que o resultado reflete “o aumento das despesas financeiras” e o reconhecimento de despesas tributárias. No semestre, a estatal lucrou 5,86 bilhões de reais, montante 43% inferior ao do mesmo período de 2014. O resultado é o pior para um segundo trimestre desde 2012, quando a estatal teve prejuízo de 1,2 bilhão de reais. O endividamento total da empresa no final de junho estava em 415 bilhões de reais, alta de 18% em relação ao fim do último semestre, em dezembro de 2014.

O balanço do segundo trimestre mostra semelhanças em relação ao resultado dos três primeiros meses do ano. O petróleo em queda reduziu a receita da estatal e afetou a rentabilidade da área de Exploração e Produção (E&P), efeito mitigado pelo dólar mais favorável às exportações e pelo aumento da produção de petróleo e gás. Por outro lado, o petróleo mais barato tornou as operações de importação de derivados menos adversas, movimento percebido nos números da área de Abastecimento e mitigado pelo desaquecimento do mercado doméstico de combustíveis.

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Como resultado, a receita líquida da Petrobras totalizou 79,94 bilhões de reais no segundo trimestre do ano, queda de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado somou 19,77 bilhões de reais, alta de 21,7% em relação ao segundo trimestre de 2014. Esse último número foi considerado pelo presidente da empresa, Aldemir Bendine, como “ótimo”, em entrevista à imprensa.

Segundo Bendine, os resultados são bons diante da “nova realidade”, considerando a queda do preço do petróleo e a situação do país. “Temos uma nova realidade orçamentária. Diante disso, as medidas adotadas têm surtido efeito mais rápido do que esperávamos”, afirmou o executivo.

O lucro líquido trimestral ficou abaixo da estimativa dos analistas, que esperavam 4,17 bilhões de reais. Já o Ebitda ajustado, que é o lucro antes de impostos e juros, ficou acima do esperado entre abril e junho. Analistas estimavam resultado positivo de 18,06 bilhões de reais.

Despesas – O resultado foi impactado pelo pagamento de 1,6 bilhão de reais à Receita Federal devido a uma autuação relativa a operações com controladas da companhia no exterior em 2008, após derrota da empresa no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A empresa já havia estimado o impacto e informado o passivo ao mercado no mês de julho.

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A companhia anunciou ainda perdas contábeis no valor de 1,28 bilhão de reais decorrentes da reavaliação no valor dos ativos (impairment) das áreas de Gás e Energia, Abastecimento e Exploração e Produção, em função da exclusão de projetos da carteira de investimentos contemplada no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.

Além disso, o resultado financeiro também foi desfavorável, com uma despesa líquida de 6,04 bilhões de reais no trimestre. Os investimentos de janeiro a junho totalizaram 36,2 bilhões de reais, 13% abaixo do 1º semestre de 2014.

O declíno da Petrobras em números
O declíno da Petrobras em números (VEJA)
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