Leilão do pré-sal tem apenas 4 blocos arrematados de 11 ofertados
Petrobras terá participação em três dos quatro adquiridos; arrecadação ficou em R$ 916,252 milhões, além de R$ 432 milhões em investimentos obrigatórios
O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou nesta sexta-feira, 16, o último leilão de áreas para exploração de petróleo no pré-sal na gestão. Quatro dos onze blocos ofertados no leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no 1º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha do pré-sal foram arrematados, com arrecadação total de 916,252 milhões de reais e investimentos totais previstos que somam 432 milhões de reais. Se todas as áreas fossem concedidas, o governo poderia arrecadar até 1,28 bilhão de reais.
Dos quatro blocos arrematados, três terão participação da estatal, sendo um deles exclusivo, na Bacia de Campos. Nove empresas estavam habilitadas para participar. A pouca disputa das áreas do pré-sal tem tanto o entendimento que as áreas mais lucrativas já foram arrematadas em rodadas anteriores quanto o interesse crescente em energias renováveis.
O consórcio formado por TotalEnergies, Petronas e QatarEnergy arrematou o bloco leiloado, Água Marinha, na Bacia de Campos, que terá participação também da Petrobras. Já a Petrobras arrematou sozinha o bloco Norte de Brava, também na Bacia de Campos, o mais valioso entre os 11 ofertados. O lance ofereceu 61,71% de excedente em óleo, enquanto a outra proposta apresentada oferecia 30,71%.
O terceiro bloco arrematado foi Bumerangue, localizado na Bacia de Santos, que recebeu apenas uma proposta, apresentada pela britânica BP Energy. O último, Norte de Sagitário na Bacia de Santos, foi arrematada em um consórcio entre Petrobras e Shell.
O leilão funciona sob o regime de partilha, vence a disputa por cada bloco a empresa ou consórcio que oferece o maior percentual de excedente em óleo à União, que configura a partilha da produção.