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Justiça amplia bloqueio de bens da família Batista

Decisão anterior da Justiça já havia determinado o bloqueio de uma parte dos bens da família Batista

Por Da redação
Atualizado em 6 out 2017, 19h20 - Publicado em 6 out 2017, 12h42

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, determinou a ampliação do bloqueio de bens da família Batista, dona da holding J&F, que controla a JBS. A decisão foi dada no âmbito da Operação Bullish, que investiga empréstimos do BNDES para o grupo.

Decisão anterior da Justiça já havia determinado o bloqueio de uma parte dos bens da família Batista – 60 milhões de reais. Mas a Polícia Federal requereu a ampliação do bloqueio, alegando que os valores eram inferiores ao suposto prejuízo sofrido pelo BNDESPar com as operações financeiras feitas com a J&F.

Para o juiz, há indícios fartos que justificam a ampliação do bloqueio de bens e valores de 21 pessoas físicas e jurídicas ligadas à família Batista, que comanda a holding J&F e a JBS. Segundo decisão do juiz, a medida se faz necessária para ressarcir os cofres públicos ao final das investigações da operação Bullish, que investiga irregularidades na concessão de empréstimos do BNDES ao grupo empresarial da família.

“Os indícios são fartos a estadear medidas cautelares reais mais intrusivas, especificamente no que se refere aos aportes do BNDES à JBS”, decidiu o magistrado ao citar o fato de que Wesley e Joesley Batista teriam omitido informações de investigações.

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Procurada, a J&F informou que está entrando com os recursos cabíveis para reverter a decisão do juiz “que, baseado em premissas falsas, determinou o bloqueio dos bens da família Batista e de suas empresas”.

Ainda segundo o grupo, a decisão é juridicamente frágil porque o magistrado teria se baseado em notícias divulgadas pela “mídia nacional” em vez de consultar as leis e a documentação disponível sobre os acordos de colaboração premiada e de leniência.

“A defesa vai sustentar que houve manifesta ausência de fundamentação na decisão do juiz de primeira instância e demandar que prevaleça a decisão anterior, que liberou os bens dos empresários”, informou em nota.

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