Justiça americana autoriza Microsoft a comprar a Activision Blizzard
Negócio gira em torno de R$ 69 bilhões; empresa de games é dona da franquia Call of Duty e da King, do joguinho de celular 'Candy Crush'

A Justiça americana autorizou que a Microsoft siga com a compra da Activision Blizzard. Com a decisão, a dona do Xbox deve concluir o negócio estimado em 69 bilhões de dólares. A juíza Jacqueline Scott Corley, do Tribunal Distrital da Califórnia, analisou uma liminar pedida pela Federal Trade Commission (FTC), que é o órgão que legisla sobre monopólio e concorrência nos EUA e deu ganho à Microsoft.
A big tech colocará no catálogo a empresa dona de franquias de games consagradas como Call of Duty até 18 de julho. Nos documentos iniciais, a Microsoft havia se comprometido a tentar fechar o acordo até esta data, senão ela teria que pagar uma multa de 3 bilhões de dólares para Activision Blizzard.
Com o sinal verde da Justiça americana, os reguladores do Reino Unido sinalizaram a interrupção de seu litígio sobre o maior negócio de jogos de todos os tempos. A Autoridade de Mercados e Concorrência do Reino Unido, que vetou o acordo em maio, disse que está preparada para avaliar as propostas da Microsoft e concordou em suspender o recurso das empresas perante o Tribunal de Apelação da Concorrência.
No início da tarde, as ações da Activision subiram 11%, para 91,76 dólares. A diferença entre o preço das ações e a oferta de aquisição da Microsoft de 95 dólares diminuiu para cerca de 3,24 dólares, ante 12,30 dólares no fechamento de segunda-feira. A Microsoft caiu menos de 1%.
Segundo à Bloomberg, a estratégia da Microsoft na aquisição da Activision visa adicionar jogos para celular – uma área onde praticamente não tem presença. A Activision é dona da King, criadora do Candy Crush. A combinação levará a Microsoft ao terceiro lugar entre as empresas globais de videogames, atrás da chinesa Tencent Holdings Ltd. , editora de League of Legends, e da rival Sony Corp. , disse a Microsoft.