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Janet Yellen afirma que subir os juros seria bom para a economia americana

Secretária do Tesouro dos EUA defendeu tolerância com a inflação e que países do G7 mantenham incentivos fiscais; após declaração, índices futuros subiram

Por Luisa Purchio Atualizado em 7 jun 2021, 22h13 - Publicado em 6 jun 2021, 17h40

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, vinha sinalizando tolerância com a inflação americana em benefício da recuperação econômica do país, porém, neste domingo, 6, reforçou o posicionamento e afirmou que subir os juros pode até ser bom para a economia americana. “Se terminássemos com um ambiente de taxa de juros um pouco mais alta, seria uma vantagem do ponto de vista da sociedade e do Fed”, disse.

“Há uma década lutamos contra a inflação e as taxas de juros muito baixas”, disse ela, defendendo que elas voltem a um ambiente normal de taxa de juros ,”e se isso ajudar um pouco a aliviar as coisas, não seria uma coisa ruim, seria uma coisa boa”, disse.  A declaração foi dada em entrevista ao Bloomberg News quando Yellen retornava da reunião com o G7 e ela defendeu ainda que o presidente americano democrata, Joe Biden, deve persistir no plano de injetar 4 trilhões de dólares na economia mesmo que ele decorra em inflação ou taxas de juros mais altas no próximo ano.

Na tarde deste domingo, 6, o índice futuro do Dow Jones subia 0,51%, para 34.742 pontos, e os futuros do S&P 500 disparavam 0,88%, para 4.228,30 pontos, ambos em alta histórica. Se continuar assim, as bolsas de valores americanas iniciarão a semana em alta e dando boas notícias aos investidores. A alta das bolsas americanas ocorre porque as declarações de Yellen reforçam que, mesmo se a taxa de juros da economia americana subir, os incentivos fiscais permanecerão, o que aumenta a liquidez e é positivo para o mercado de renda variável.

Além disso, Jerome Powell, presidente do Fed, já garantiu que os juros permanecerão nos patamares atuais até 2023. A sinalização é que, na próxima reunião do FOMC, uma espécie de Copom americano, no segundo semestre de 2021, será possível apenas se iniciar a discussão da redução do ritmo de compras de compras de títulos públicos pelo Fed. Ou seja: o ambiente continuará propício para as bolsas de valores americanas por um bom tempo.

Para o Brasil, a notícia é positiva a curto prazo, uma vez que as bolsas brasileiras se beneficiam das altas das bolsas americanas. Quando os juros americanos começarem a subir, no entanto, isso pode significar perda de investimento estrangeiro para o Brasil, uma vez que o capital internacional pode migrar para o mercado americano que, além de estar mais rentável no futuro, é muito mais seguro que o brasileiro.

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Em entrevista coletiva no sábado, 5, após reunião com os ministros do G7, Yellen defendeu ainda que os países do G7 mantenham o apoio fiscal para impulsionar a recuperação da economia e que façam investimentos para combater as mudanças climáticas e a desigualdade social. “Há uma preocupação entre alguns pela sustentabilidade fiscal, e um desejo evidente de começar a retirar acomodações quando as coisas voltarem aos trilhos”, disse na ocasião.

A discussão sobre a retirada dos benefícios fiscais americanos veio ganhando corpo nos últimos meses. De um lado, defensores de Yellen e de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve Bank, acreditam que a inflação é transitória e que os estímulos robustos são necessários principalmente para recuperar de maneira sustentável a economia e o mercado de trabalho do país. Do outro, críticos afirmam que os auxílios fiscais desencadeiam uma subida desenfreada dos preços.

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