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Inflação oficial desacelera em março, apesar do aumento da gasolina

Indicador ficou em 0,71%, ritmo menor que os 0,84%; em 12 meses, IPCA acumula alta de 4,65%, dentro do limite da meta, que vai até 4,75%

Por Pedro Gil, Larissa Quintino Atualizado em 11 abr 2023, 13h55 - Publicado em 11 abr 2023, 09h26

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,71% em março, desacelerando-se em relação à alta de 0,84% em fevereiro. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 11, a maior contribuição para o resultado mensal foi do grupo Transportes, com alta de 0,43 pontos percentuais (p.p.), influenciado pela alta dos combustíveis após a volta dos impostos federais.

Com a desaceleração, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,65%, abaixo dos 5,60% observados no mês anterior. Com isso, o índice fica dentro da meta de inflação, que tem o teto até 4,75%. Para tentar levar a inflação para dentro da meta, o Banco Central mantém a taxa básica de juros, a Selic, no patamar mais elevado desde 2016, gerando duras críticas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva

Apesar da aceleração do grupo de transportes, que tem o maior peso na cesta de produtos pesquisada pelo IBGE, todos os outros oito grupos pesquisados desaceleraram na comparação com o período anterior. O grupo de educação, por exemplo, que subiu 6,28% no mês passado, variou 0,10% neste mês. O grupo de alimentação e bebidas, que tem o segundo maior peso na cesta do IPCA, ficou praticamente estável, em 0,05%, variação em menor ritmo que no mês passado, em 0,16%.

Na parte das altas, a gasolina (8,33%), o subitem com maior impacto individual no índice de março (0,39 p.p.), teve grande peso na alta verificada em Transportes. O etanol (3,20%) também subiu. “Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”, explica o analista da pesquisa, André Almeida.

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Gás veicular (-2,61%) e óleo diesel (-3,71%) continuaram em queda em março. Já as passagens aéreas, que haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% desta vez. Reajustes em tarifas de táxi em Belo Horizonte, em ônibus intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, além de ônibus urbano em quatro áreas de abrangência do índice, também influenciaram em Transportes.

Em Alimentação e bebidas (0,05%), a queda da alimentação no domicílio, que passou de 0,04% em fevereiro para -0,14% em março, exerceu grande influência. Batata-inglesa (-12,80%) e óleo de soja (-4,01%) tiveram recuos mais intensos na comparação com fevereiro. Cebola (-7,23%), tomate (-4,02%) e carnes (-1,06%) também tiveram redução. Por outro lado, cenoura (28,58%) e ovo de galinha (7,64%) foram os destaques dentre as altas.

Apesar da desaceleração da maioria dos grupos, apenas um dos nove pesquisados apresentou deflação no mês. Artigos de residência (-0,27%) teve as quedas nos itens de TV, som e informática (-1,77%) como principais responsáveis pelo resultado. Televisor (-2,15%) e computador pessoal (-1,08%) foram as quedas mais acentuadas. Os eletrodomésticos e equipamentos (-0,23%) também caíram, após alta de 0,45% em fevereiro. “As promoções realizadas durante a semana do consumidor, ocorrida em março, podem ter influenciado”, acrescenta Almeida.

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