IPCA-15 avança 0,36% em maio; inflação acumulada no ano chega a 2,80%
Entre os grupos e serviços que ficaram mais caros, o destaque é para os aumentos de Vestuário, Saúde e Habitação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou uma alta de 0,36% em maio, mostrando uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando a taxa foi de 0,43%. No acumulado do ano, o índice já registra um aumento de 2,80%. Nos últimos 12 meses, a inflação é de 5,40%, abaixo dos 5,49% observados no período anterior. Para o mesmo mês de 2024, o IPCA-15 foi de 0,44%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços analisados, o destaque foi o Vestuário, que registrou uma variação positiva de 0,92%, seguido por Saúde e cuidados pessoais (0,91%) e Habitação (0,67%).
Por outro lado, os grupos de Transportes e Artigos de residência apresentaram variações negativas, com -0,29% e -0,07%, respectivamente.
As principais influências no IPCA-15
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Vestuário (0,92%): A alta foi impulsionada principalmente pela roupa feminina (1,56%), seguida pela roupa masculina (0,92%) e infantil (0,36%).
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Saúde e cuidados pessoais (0,91%): O aumento foi puxado pelos produtos farmacêuticos, com alta de 1,93%, refletindo o reajuste autorizado de até 5,09% nos preços dos medicamentos.
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Habitação (0,67%): A principal contribuição veio da energia elétrica, que registrou uma alta de 1,68% devido à mudança para a bandeira tarifária amarela e reajustes em algumas cidades.
Os alimentos que ficaram mais baratos e caros nos primeiros 15 dias do mês de maio
A inflação dos alimentos desacelerou nas primeiras duas semanas do mês. A alimentação no domicílio passou de uma alta de 1,29% em abril para apenas 0,30% em maio. Essa desaceleração foi influenciada pela queda nos preços de itens como tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%). No entanto, outros produtos, como batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%), apresentaram altas expressivas, ajudando a equilibrar a variação do grupo. Já a alimentação fora do domicílio também desacelerou, com uma alta de 0,63%, abaixo dos 0,77% registrados em abril.
Nos transportes, a variação negativa foi de -0,29%, influenciada pela queda nas passagens aéreas (-11,18%) e no ônibus urbano, com destaque para a tarifa zero aos domingos e feriados em algumas cidades como Brasília e Belém.
Regionalmente, Goiânia apresentou a maior variação (0,79%), impulsionada pelos aumentos no etanol (11,84%) e na gasolina (4,11%). O menor resultado foi registrado em Curitiba (0,18%), devido à queda nos preços da passagem aérea e das frutas.
Índices regionais de variação do IPCA-15 em maio:
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Goiânia: 0,79%
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Fortaleza: 0,66%
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Belém: 0,65%
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Porto Alegre: 0,63%
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São Paulo: 0,28%
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Curitiba: 0,18%