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Investigação de ‘farra do INSS’ atinge empréstimos consignados suspeitos

Apuração de consignados dá outra dimensão ao escândalo que derrubou o ministro da Previdência

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 Maio 2025, 08h03 - Publicado em 5 Maio 2025, 15h58

A investigação da Polícia Federal (PF) sobre a “farra do INSS” — que envolve cerca de 6 bilhões de reais em cobranças indevidas de aposentados e pensionistas — atingiu empréstimos consignados suspeitos realizados através do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A nova linha de investigação mira empréstimos liberados indevidamente, sem solicitação ou autorização por parte do aposentado.

Quase 90 bilhões de reais em empréstimos consignados foram liberados para beneficiários do INSS apenas em 2023, de modo que a cifra a ser apurada pela PF nessa fase da investigação é substancialmente maior do que os 6 bilhões de reais em supostas cobranças indevidas — dando nova dimensão ao escândalo. Segundo uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) ao qual a colunista Daniela Lima, do G1, teve acesso, mais de 35 mil reclamações referentes a empréstimos indevidos foram realizadas em 2023.

A Polícia Federal investiga, inclusive, um suposto elo entre as cobranças indevidas de associações, que originaram o escândalo no INSS, e a contratação de empréstimos consignados sem autorização dos aposentados. Quebras de sigilo bancário decorrentes da investigação demonstram que empresas envolvidas nas cobranças associativas realizaram pagamentos a empresas que operam empréstimos que estão na mira da PF. A suspeita é de que há uma sobreposição entre as duas práticas fraudulentas, de modo que as empresas pudessem cooptar mais vítimas.

O escândalo das cobranças associativas sem a autorização de aposentados culminou no pedido de demissão do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, na última sexta-feira, 2 de maio. O pedetista foi substituído pelo correligionário Wolney Queiroz. Já o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 23 de abril, após o escândalo vir a público.

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