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Inflação fica em 0,42% em janeiro, acima da estimativa do mercado

Índice foi puxado pela alta dos alimentos no período, potencializado pelo aumento das temperaturas trazidas pelo El Niño

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h25 - Publicado em 8 fev 2024, 09h48

A inflação desacelerou para 0,42% em janeiro, abaixo do 0,56% registrado no mês anterior. A leitura divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) veio acima das expectativas do mercado, que estimava uma alta de 0,34%. Segundo o IBGE, o resultado do primeiro mês do ano foi influenciado especialmente pelo aumento de 1,38% do grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso no indicador (21,12%). Essa foi a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016.

A inflação acumulada nos últimos doze meses foi de 4,51%, ligeiramente acima do teto da meta prevista para o ano, que é de 4,5%, com centro em 3%.

“Grupos importantes apresentaram alta mais uma vez como foi o caso de Alimentação que saiu de uma alta de 1,11% em dezembro para subir agora mais 1,38%. Houve piora qualitativa do índice. Os núcleos apresentam certa aceleração e a dispersão mantém em patamar elevado”, analisa o economista André Perfeito. Segundo a economista Lais Costa, analista da Empiricus Research, o índice do mês também não teve uma composição tão benigna. “No geral, é possível afirmar que houve uma piora inflacionária doméstica”. 

Resultado

A alimentação no domicílio subiu 1,81%, influenciada sobretudo pelo avanço nos preços da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).  O IBGE destaca que há um fator sazonal do preço dos alimentos, que costumam ficar mais caros no verão, porém a presença do El Niño intensificou a alta dos preços.  “No caso do arroz, houve a influência do clima adverso e da preocupação com a nova safra. Além disso, a Índia, maior produtor mundial, enfrentou questões climáticas que atingiram a produção e cessou as exportações no segundo semestre do ano passado, o que provocou o aumento do preço desse produto no mercado internacional”, explica.

Já a alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou frente a dezembro (0,53%), com as altas menos intensas do lanche (0,32%) e da refeição (0,17%). No mês anterior, os dois subitens haviam registrado aumento de 0,74% e 0,48%, respectivamente.

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Por outro lado, o grupo de transportes, o segundo de maior peso no IPCA (20,93%), registrou deflação de 0,65%. “O maior impacto individual veio das passagens aéreas, que tinham subido em setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado e caíram 15,22% em janeiro”, ressalta. Nos quatro últimos meses de 2023, houve uma alta acumulada de 82,03% nesse subitem.

Também no grupo dos transportes, houve queda nos preços dos combustíveis (-0,39%), com os recuos do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%). “Como a gasolina é o subitem de maior peso individual no IPCA, essa queda de preços em janeiro ajudou a conter o resultado geral do índice”, analisa o gerente do IBGE.

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