Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Inflação desacelera em junho, mas acumula alta de 8,35% em doze meses

A alta em doze meses é a maior em quase cinco anos, quando marcou 8,48% em setembro de 2016 e teto da meta é de 5,25%; energia elétrica continua a pesar

Por Larissa Quintino Atualizado em 8 jul 2021, 20h03 - Publicado em 8 jul 2021, 09h37
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A tarifa de energia elétrica continua a pesar no bolso do consumidor e foi a principal responsável pela inflação de 0,53% registrada em junho pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e divulgado nesta quinta-feira, 8, pelo IBGE. Na comparação com maio, quando marcou 0,83%, o indicador desacelerou e também veio abaixo da previsão do mercado, que estimava 0,65% para o mês. Mas, no acumulado de doze meses, o índice chegou a 8,35%, a maior alta acumulada em quase cinco anos – em setembro de 2016, o IPCA acumulou 8,48% em doze meses.

    Publicidade

    O patamar da inflação, acelerado desde meados de 2020, com a alta dos preços dos alimentos, é um sinal de alerta para a recuperação econômica e, neste ano, fez com que a taxa básica de juros da economia, a Selic, subisse três vezes, saindo de 2% ao ano para os atuais 4,25%. A meta de inflação para 2021 definida pelo governo é de 3,50%, com o limite de tolerância em 5,25%, bem abaixo do acumulado em doze meses registrado em junho.

    Publicidade

    Segundo o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em junho, porém, a desaceleração do dólar refletiu em altas menores no mês. O maior impacto foi novamente do grupo habitação (1,10%), principalmente, por causa da energia elétrica (1,95%). Embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior (5,37%), a conta de luz teve o maior impacto individual no índice do mês.

    “A energia continuou subindo muito por conta da bandeira tarifária vermelha patamar 2. Em maio, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, cujo acréscimo é menor (R$ 4,169). Os preços, porém, desaceleraram em junho devido aos diversos reajustes captados em maio nas áreas pesquisadas. Em junho, tivemos apenas o reajuste médio de 8,97%, em Curitiba, no fim do mês”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida. Em julho, a conta de luz deve continuar a pesar, já que a bandeira vermelha 2 foi reajustada em 52%.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    O IPCA se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos (44.000 reais mensais) e é medido por uma cesta de consumo, atualizada a cada cinco ou dez anos. A última, atualizada em 2020, traz peso maior dos transportes, seguido pela alimentação. Assim, a inflação pode ter pesos diferentes no orçamento das famílias brasileiras e nem sempre a pressão dos preços medida pelo indicador, e sentida pelo consumidor, tem a mesma proporção.

    Em junho, os alimentos aceleraram 0,43% e os transportes,0,41%. A alta nos alimentos ocorre principalmente pela alta de 1,32% das carnes  que estão no quinto mês consecutivo de aceleração e acumulam aumento de 38,17% em doze meses.  Nos transportes, a influência principal veio dos combustíveis, que subiram 0,87% e acumulam alta de 43,92%, nos últimos doze meses.

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.