ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Indústria acumula seis meses de recuo com crise de suprimentos e inflação

Segundo IBGE, produção brasileira recuou 0,2% em novembro em relação ao mês anterior; no comparativo com o mesmo período de 2020, setor caiu 4,4%

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jan 2022, 01h11 - Publicado em 6 jan 2022, 10h01

A produção da indústria chegou em novembro ao sexto mês consecutivo de queda, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 6. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, o recuo no mês foi de 0,2%. Com problemas como a crise global de abastecimento de suprimentos e a inflação, que diminui renda e consumo das famílias, a  indústria tem queda no dinamismo. No comparativo com o período pré-pandemia, o setor tem um recuo de 4,3%.  No acumulado do ano, a alta é de 4,7%.

“Quando olhamos para o ano anterior, os resultados ao longo de 2021 são quase sempre positivos, pois a base de comparação é baixa, já que no início da pandemia a indústria chegou a interromper suas atividades, com o ano de 2020 fechando com um recuo de 4,5%. Porém, analisando mês a mês, observamos que, das 11 informações de 2021, nove foram negativas. Ou seja, o setor industrial ainda sente muitas dificuldades”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo. No comparativo com novembro de 2020, o setor recuou 4,4%. Com o aumento do consumo durante o ano passado e a recuperação das cadeias de recuperação após a paralisação da atividade no segundo trimestre, a indústria se recuperou nos últimos meses de 2020, porém, não sustentou essa retomada no ano passado.

O pesquisador salienta que, além da falta de peças, a crise dos suprimentos também encareceu os insumos, prejudicando a produção. “Além disso, a indústria sofre com os juros em alta e a demanda em baixa, impactada pela inflação elevada e a precarização das condições de emprego, já que, com o rendimento mais baixo, o trabalhador consome menos”, avalia Macedo.

Apesar do resultado negativo no mês de novembro de 2021 frente a outubro, apenas uma das quatro das grandes categorias econômicas recuou, que foi a produção de bens e capitais.  Bens intermediários ficaram na estabilidade, assim como os semiduráveis. Os não duráveis avançaram 0,5%.  “Pouco menos da metade, 12 de 26, dos ramos pesquisados tiveram resultados negativos. O que é algo diferente do que vínhamos observando, ou seja, mais atividades no campo negativo do que positivo”, destaca Macedo.

Entre as atividades, as principais influências negativas vieram dos produtos de borracha e de material plástico (-4,8%), que perderam toda a expansão acumulada (3,5%) nos meses de setembro e outubro, além da metalurgia (-3,0%), que assinalou a terceira queda consecutiva, acumulando perda de 7,7% no período.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.