Índia abre mercado para importação de carne suína do Brasil
A alíquota do imposto de importação para esse tipo de produto na Índia é de 30%, uma barreira que o setor privado do Brasil terá de enfrentar

O Ministério da Agricultura e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa o setor de carne suína e de aves, informaram nesta quarta-feira a abertura do mercado indiano para a carne suína do país. A pasta foi informada hoje sobre a abertura à carne brasileira pela Índia, um país com 1,3 bilhão de habitantes.
“Agora, compete ao setor privado brasileiro atuar para que as exportações aconteçam e que o produto seja bem recebido pelos consumidores indianos”, comentou em nota o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
A alíquota do imposto de importação para esse tipo de produto na Índia é de 30%, uma barreira que o setor privado do Brasil terá de enfrentar.
Na avaliação do presidente da ABPA, Francisco Turra, “se por um lado é uma vitória para o Brasil, por outro é o reconhecimento da capacidade brasileira de ofertar produtos com excelência acerca da qualidade dos produtos e do preservado status sanitário”.
Ele ressaltou que a abertura ocorre em um momento em que algumas nações, especialmente na Ásia, sofrem com focos de Peste Suína Africana, o que tende a impactar os estoques dos países produtores.
A ABPA não informou quanto o Brasil poderia exportar adicionalmente com a abertura da Índia. Também não detalhou a partir de quando isso poderia acontecer.
De acordo com Turra, as negociações entre brasileiros e indianos para a viabilização das exportações de carne suína estavam na pauta das relações comerciais dos dois países há, pelo menos, quatro anos, e a agilização das tratativas ocorreu após visita do Ministro Blairo Maggi à Índia.
Com uma renda per capita crescente, a Índia passa por um intenso processo de urbanização, o que gera a necessidade de oferta de produtos com maior presença de proteínas animais na composição da cesta de alimentos, ressaltou a ABPA em nota, vendo oportunidades de negócios.
“Neste contexto, o setor brasileiro buscará preencher lacunas não ocupadas pelos produtores locais, como o food service para hotéis e outros nichos de mercado emergentes”, disse o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, também em comunicado.