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Ibovespa e dólar oscilam após recuo do governo sobre aumento do IOF e corte de impostos nos EUA

Ministério da Fazenda havia anunciado alíquota de 3,5% para fundos brasileiros no exterior, mas logo voltou atrás da decisão

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 Maio 2025, 17h56

No último pregão da semana, o Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta de 0,40%, aos 137.824 pontos, depois de ter atingido a máxima histórica de 140 mil pontos na última terça-feira. Já o o dólar encerrou em baixa de 0,3%, cotado a 5,64 reais.

Hoje, os mercados de bolsa e câmbio se movimentaram em meio às idas e vindas do Ministério da Fazenda em relação às novas medidas fiscais anunciadas no Brasil, em especial quanto ao aumento das alíquotas de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No cenário internacional, o destaque também foi o risco fiscal nos Estados Unidos, em um momento em que a elevação de gastos do governo Trump também assombra os investidores.

No cenário doméstico, os ministérios do Planejamento e do Orçamento e da Fazenda anunciaram, na tarde desta quinta-feira, o congelamento de 31,3 bilhões de reais no Orçamento de 2025. A contenção de gastos chegou a ser bem vista pelos agentes de mercado, mas veio junto a uma medida de aumento de impostos: segundo o governo, diversas operações, inclusive no exterior e câmbio, passariam a pagar uma fatia de IOF maior — mais uma manobra para tentar viabilizar novas arrecadações do Estado.

O que abalou o humor dos investidores não foi somente a novidade em si, mas o recuo parcial da decisão poucas horas depois, o que lembra os movimentos incertos e conturbados de Donald Trump em relação ao “tarifaço” dos EUA. “Nós entendemos que, pelas informações recebidas, valia a pena fazer uma revisão desse item para evitar especulações sobre objetivos que não são próprios da Fazenda nem do governo, de inibir investimentos fora [do país], não tinha nada a ver com isso”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento oficial.

No exterior, o mercado ainda analisa a decisão da Câmara dos Representantes dos EUA de aprovar o pacote que reduz impostos, aumenta despesas com Defesa e corta parte dos desembolsos com proteção social e saúde aos mais pobres proposto pelo presidente Donald Trump. Economistas apontam que, com o aumento de gastos, a dívida pública do país corre mais risco de ultrapassar 37 trilhões de reais na próxima década.

Os EUA já vem enfrentando dúvidas por parte do mercado a respeito da sua qualidade de crédito, sobretudo depois que a agência Moody’s rebaixou a nota do país de triplo A (AAA), o mais alto nível, para AA1, após mais de 100 anos em que o país mantinha a classificação máxima. Com mais especulações a respeito da solvência da economia americana, cresce a procura por ativos menos arriscados, inclusive fora dos EUA, que retira parte dos recursos inclusive de alguns emergentes, em especial aqueles que oferecem menos estabilidade fiscal.

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