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Ibovespa cede com taxação sobre investimentos e rebaixamento da Petrobras

Pacote fiscal tributa aplicações isentas; Estatal é citada em processo da Sete Brasil e sofre downgrade

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 jun 2025, 11h35 - Publicado em 9 jun 2025, 11h34

O Ibovespa opera em queda nesta segunda-feira, 9, pressionado pela reação dos investidores ao pacote de medida fiscal do governo que vai substituir o aumento do IOF. Para cobrir o rombo dos cofres públicos, o governo propôs tributar investimentos, antes isentos, com uma taxa de 5% sobre títulos de crédito do agronegócio (LCA) e imobiliário (LCI).

O Ministério da Fazenda também propôs elevar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de fintechs, hoje beneficiadas por uma tributação de 9%, para os mesmos 15% aplicados aos bancos tradicionais.

O mercado tem reagido com aversão a medidas que reduzem a atratividade da renda fixa, especialmente em um ambiente de juros elevados.”O pacote fiscal retira o privilégio fiscal sobre LCI e LCA, pressiona o crédito e o agronegócio, afetando também o setor bancário. Esse cenário, somado ao petróleo mais caro, eleva os custos de produção e impacta os índices de inflação no Brasil”, diz Pedro Ros, CEO da Referência Capital.

Até o momento, o governo não detalhou o impacto exato das novas medidas, originalmente previstas para gerar R$ 21 bilhões com o aumento do IOF. A falta de clareza e a percepção de que o governo cedeu à pressão política do Congresso sem apresentar uma solução fiscal definitiva aumentam a cautela.

Entre as ações mais penalizadas do dia, os papéis da Petrobras figuram entre as maiores quedas do índice, com desvalorização de mais de 2%. A estatal foi mencionada em um processo movido pela Sete Brasil e, além disso, teve sua recomendação rebaixada por analistas do Santander, o que aumentou o pessimismo em torno da companhia. A desvalorização ocorre mesmo com o petróleo operando em leve alta no mercado internacional.

No cenário externo, os mercados acompanham as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Representantes das duas potências se reúnem hoje em Londres. Embora as partes tenham firmado um armistício temporário em maio, com redução mútua de tarifas por 90 dias, ambos se acusavam de não cumprimento do acordo. O dólar subia e era negociado a R$ 5,58 ao meio dia.

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