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Ibovespa cede à pressão externa e desaba 2,96%; dólar vai a R$ 5,83

Dólar tem maior avanço em quase três anos em meio à escalada da guerra comercial protagonizada pelos EUA

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 abr 2025, 17h59 - Publicado em 4 abr 2025, 17h10

O Ibovespa, principal indicador do mercado financeiro no Brasil, caiu 2,96% nesta sexta-feira, 4, encerrando o dia aos 127.258 pontos. O índice havia demonstrado resiliência ante pressões internacionais no dia anterior, após a escalada da guerra comercial protagonizada pelos Estados Unidos, mas não resistiu no último pregão da semana. A China anunciou medidas de retaliação aos EUA nesta sexta, o que elevou a temperatura na crise comercial e aumentou a aversão global ao risco. O país asiático vai cobrar tarifas de 34% sobre exportações americanas. Investidores e instituições financeiras de todo o mundo temem uma desaceleração da economia global em face do protecionismo crescente. O banco americano JP Morgan subiu a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos neste ano para 60% após o presidente do país, Donald Trump, dobrar a aposta no isolamento comercial com suas “tarifas de reciprocidade”. No mercado financeiro americano, o dia também foi de grandes perdas em face das tensões comerciais que assolam o mundo. O índices S&P 500 e Nasdaq fecharam com quedas de 5,97% e 5,82%, respectivamente.

As exportações brasileiras aos EUA vão pagar uma alíquota de 10% como consequência da medida, o que causou certo alívio no mercado doméstico, dado que se trata do percentual mínimo a ser cobrado da maioria dos países do mundo — colocando o país sul-americano em relativa vantagem quando comparado a europeus e asiáticos. O Ibovespa fechou em estabilidade na quinta-feira em decorrência da taxação relativamente baixa à qual o Brasil está submetido, mas o clima de tensão crescente nos mercados globais culminou na derrocada não apenas do índice, mas do câmbio. O dólar, que havia fechado o dia em queda de 1,23% ontem, cotado a 5,62 reais, voltou ao patamar de 5,83 reais no fechamento do mercado nesta sexta. Trata-se da maior cotação em mais de três semanas, e a maior escalada diária em quase três anos. A moeda americana se valorizou em 3,69% no último dia útil desta semana.

O Carrefour foi uma das únicas empresas que registraram um bom desempenho na bolsa brasileira nesta sexta. As ações da rede de supermercados subiram 10,77% no dia, puxadas pelo anúncio de que os controladores aumentaram a oferta por ação para o fechamento de capital da empresa, a fim de torná-la uma subsidiária da matriz francesa. Os papéis do supermercado encerraram o dia cotados a 8,23 reais. O dia foi ruim para a Petrobras, principal empresa listada no Ibovespa, por outro lado. A petroleira viu suas ações caírem 3,92% em decorrência de uma forte desvalorização do petróleo no mundo. O medo de que a guerra tarifária de Trump diminua a demanda pela commodity somado à notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai aumentar a oferta do produto em maio prejudicou contratos futuros. O petróleo tipo Brent com vencimento em junho desabou 6,5% nesta sexta, cotado a 65,58 dólares por barril.

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