Economia

Ibovespa bate recorde histórico de valorização e sobe mais de 6% em agosto

Bolsa de valores avança e encerra o mês de agosto com alta de mais de 6%

Por Leticia Yamakami SEGUIR SEGUINDO , Daniel Fernandes SEGUIR SEGUINDO 29 ago 2025, 17h30

O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou agosto com a maior valorização dentro do mesmo mês (6,28%) para o ano. E trata-se de uma recuperação em relação ao mês passado, quando a bolsa de valores caiu 4,17%. A última sessão da semana e do mês ainda marcou um recorde: o índice chegou aos 141,4 mil pontos, maior patamar da história, com valorização de 0,26%.

O dólar, por sua vez, apresentou alta nesta sexta-feira, 29, e ficou cotado a 5,42 reais.

Panorama da bolsa de valores no médio prazo

O desempenho bastante positivo no mês pode mudar o cenário para a renda variável neste segundo semestre. Após o susto com o tarifaço imposto ao Brasil pelos Estados Unidos, o Ibovespa volta a mostrar fôlego capaz de elevar o índice ao patamar dos 150 mil pontos. Se isso acontecer, uma barreira simbólica será transposta. Mais do que isso. O desempenho da bolsa de valores em 2025, que já é bom, terá sido excepcional. Até o momento, apenas em julho e fevereiro a bolsa desvalorizou no consolidado do mês. E julho foi justamente o mês do tarifaço de Donald Trump.

O componente político também passará a influenciar cada vez mais no desempenho da bolsa, sem que a Faria Lima em São Paulo e o Leblon no Rio de Janeiro escondam suas preferências.

Para Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, o otimismo dos investidores cresce devido às pesquisas eleitorais divulgadas recentemente, que indicam a liderança do governador Tarcísio de Freitas em um possível segundo turno das eleições presidenciais de 2026. “Esse vai ser o tom do final do semestre e de 2026 inteiro. Podemos esperar bastante volatilidade no mercado em cima das pesquisas eleitorais, que agora são mais recorrentes.”

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Operações policiais no foco do curto prazo

Os negócios também operam de olho nas reverberações da Operação Carbono Oculto, deflagrada ontem pela Polícia Federal, que investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A Reag Investimentos, maior gestora de investimentos independente do Brasil e a primeira empresa de gestão de fortunas listada na B3, é um dos alvos da investigação. A empresa publicou anúncio nos principais jornais do país nesta sexta-feira indicando, entre outros pontos, que atua em linha com as normas vigentes no mercado financeiro e de capitais.