Greve: Funcionários do Metrô e CPTM decidem se vão parar
Categorias realizam assembleias na tarde de hoje para confirmar ou não greve

Funcionários do Metrô e da CPTM decidem hoje pela paralisação ou não das atividades amanhã, dia 1º de agosto. Ambas as categorias haviam aprovado indicativo de greve na semana passada.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo se reúne às 18h30 para confirmar a greve. A categoria protesta contra as reformas do governo Michel Temer e a privatização e terceirização do metrô – a empresa nega que tais movimentos existam.
Enquanto isso, os funcionários da CPTM fazem assembleia às 18h. A paralisação seria contra a decisão da empresa de reduzir a tabela salarial atual em 3,51%. O dia da reunião dos ferroviários colide, não acidentalmente, ao dia do pagamento – eles afirmam que se houver redução salarial terá paralisação.
Caso sejam confirmadas, as paralisações irão afetar todas as linhas da CPTM e Metrô, exceto a linha 4-Amarela, durante 24 horas.
O Metrô informou que conta com o bom senso da categoria e afirmou que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) já concedeu, no dia 25 de julho, uma liminar determinando ao Sindicato dos Metroviários a manutenção do efetivo de 80% dos serviços nos horários de pico e de 60% nos demais horários, sob pena de aplicação de multa diária no valor de 100 mil reais.
Em nota, a CPTM informou que o TST (Tribunal Superior do Trabalho) decidiu em abril deste ano que o índice de reajuste determinado pelo TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) no dissídio coletivo de 2011 é indevido – o aumento salarial de 3,51% concedido na época será revertido a partir do mês de julho.
A empresa reafirmou o cumprimento da decisão judicial de reduzir a remuneração dos funcionários. “Ressalta-se que a CPTM é obrigada a cumprir determinação do TST, sob pena de crime de responsabilidade dos seus gestores”.