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Governo tem 3 alternativas para tentar resolver a crise do IOF, diz Haddad

Em entrevista a um podcast, ministro disse ter sua preferência em relação à reação do governo após a derrubada da alta do imposto

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jun 2025, 09h44 - Publicado em 26 jun 2025, 09h35

Após o Congresso derrubar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na noite desta quarta-feira 25, o governo estuda como vai reagir a mais uma derrota no Congresso. O Projeto de Decreto Legislativo (PDL 314/25) que susta o decreto presidencial de aumento de IOF foi aprovado na Câmara e no Senado rapidamente.

A decisão sobre o que fazer para fechar as contas do governo será tomada pelo presidente Lula, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem a sua preferência. Entre as três alternativas na mesa – judicializar a questão, buscar nova fonte de receita ou cortar mais 12 bilhões de reais de gastos – Haddad disse que prefere ir à Justiça contra a derrubada do aumento do imposto e alertou que “vai pesar para todo mundo”. “Vai faltar recurso para a saúde, para a educação, para o Minha Casa, Minha Vida. Não sei se o Congresso quer isso”, afirmou em entrevista ao podcast C-level da Folha de S.Paulo.

“Vamos ver agora qual vai ser a decisão do presidente, que pode ser de questionar a decisão do Congresso. Tem três possibilidades. Uma é buscar novas fontes de receita, o que pode ter a ver com dividendos, com a questão do petróleo, tem várias coisas que podem ser exploradas. A segunda, é cortar mais. Além dos 30 [bilhões de reais contingenciados], mais 12 [bilhões de reais]. Vai pesar para todo mundo. Vai faltar recurso para a saúde, para a educação, para o Minha Casa, Minha Vida. Não sei se o Congresso quer isso. E a terceira é questionar a decisão que, na opinião dos juristas do governo, que tiveram muitas vitórias nos tribunais, é flagrantemente inconstitucional” ressaltou o petista.

Segundo Haddad, se a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ou Advocacia-Geral da União (AGU)  se manifestarem sobre inconstitucionalidade do decreto legislativo, esse seria o caminho. “Eu sou pela Constituição”, disse. O ministro também minimizou a derrota no governo no Congresso: “No placar de vitórias e derrotas, o jogo está favorável ao Brasil. Porque se não estivesse, você ia ver onde estava esse dólar, o desemprego, a inflação”.

Apesar disso, o ministro se mostrou surpreso com a votação a toque de caixa na Câmara, pautada de última hora pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta. Haddad afirmou não entender o que mudou após a reunião do dia 8 com os líderes partidários em que apresentou o novo desenho das medidas de ajuste fiscal.   “Saí de lá imaginando que estava tudo bem. Não só eu, todo mundo. Eu não sei o que mudou. Eu acordei com uma ligação da Gleisi”, disse, referindo-se à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

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