Governo registra rombo de R$ 9,3 bi e pode adotar medidas para arrecadar mais
"Se for necessário, vamos adicionar medidas que já estão preparadas para tal", disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron sobre a arrecadação
O Governo Central registrou um déficit de 9,3 bilhões de reais em julho, uma melhora expressiva em relação ao rombo de 35,9 bilhões de reais no mesmo período de 2023. Essa melhora ocorreu graças ao aumento de 16 bilhões de reais (+9,5%) na arrecadação e à redução de 12,3 bilhões de reais (-6%) nas despesas, em comparação com o ano anterior. O déficit inclui as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.
No acumulado de 2024, o déficit já chega a 77,8 bilhões de reais, 5,2% menor em termos reais que o rombo de 79,1 bilhões de reais registrado no mesmo período de 2023. Em 12 meses, até julho de 2024, o déficit primário do Governo Central foi de 233,3 bilhões de reais, o que representa 2,04% do PIB, de acordo com o Tesouro Nacional.
O crescimento da receita líquida no mês de julho de 2024 foi puxado pelo bom desempenho do IRPJ e da CSLL, que juntos somaram 9,5 bilhões de reais. O IPI contribuiu com 4,3 bilhões de reais, a Cofins com 1,1 bilhão de reais e o PIS/Pasep com 2,2 bilhões de reais.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 5, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o governo pode adotar medidas de aumentar a arrecadação para cumprir a metade déficit zero em 2024. Ceron disse que a decisão sobre isso será tomada até a data de divulgação do relatório de receitas e despesas do orçamento de 2024., no dia 22 de setembro.
“Se for necessário, vamos adicionar medidas que já estão preparadas para tal. Para fins de primário, nas receitas. Estamos prontos, preparados, para tomar as medidas necessárias de cumprimento da meta”.