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Governo prepara crédito para motoboys comprarem motos elétricas

Pacote social previsto para este mês também terá microcrédito para reformas residenciais e gás de cozinha grátis para famílias carentes

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 jun 2025, 13h15

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo federal vai lançar, ainda este mês, uma linha de crédito voltada à compra de motocicletas elétricas por entregadores de aplicativo. A medida integra um novo pacote social que deve contemplar também financiamento para reformas habitacionais e a distribuição gratuita de botijões de gás a famílias de baixa renda.

A proposta de crédito é vista como uma tentativa de responder aos desafios enfrentados por uma das categorias mais emblemáticas da nova economia informal: os motoboys. Com baixos rendimentos, jornadas longas e pouca proteção social, esses trabalhadores sustentam parte relevante da logística urbana no país, mas o fazem em condições precárias. Ao facilitar o acesso a motos elétricas, o governo pretende não apenas reduzir o custo do trabalho para os entregadores, como também fomentar a transição energética.

“Ainda este mês vou anunciar um programa de crédito para financiar moto elétrica para os entregadores de alimentos neste país”, afirmou Lula durante entrevista ao podcast Mano a Mano, apresentado por Mano Brown e Semayat Oliveira.

O pacote anunciado por Lula também inclui um novo programa de microcrédito habitacional para pequenas reformas voltado a famílias que já possuem um imóvel, mas carecem de recursos para melhorar suas condições de moradia. “Às vezes, você tem sua casinha e você não quer uma casa nova, quer melhorar a sua casa”, disse o presidente, numa fala que reforça a ideia de que moradia digna vai além da construção de novas unidades. O governo reafirmou ainda a meta de entregar 3 milhões de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida até o fim do mandato, em 2026.

Outro pilar do pacote é a ampliação do acesso ao gás de cozinha. O governo pretende incluir o botijão de 13 quilos na cesta básica de benefícios garantidos para famílias inscritas no Cadastro Único. A proposta visa mitigar os efeitos da inflação sobre o consumo básico de energia nos lares mais pobres, muitos dos quais ainda recorrem a lenha ou carvão por falta de condições de adquirir GLP.

As medidas se inserem num contexto em que o governo busca recompor seu capital político entre os segmentos de menor renda, após meses de desgaste com o Congresso e dificuldades em avançar pautas estruturantes. Ao mirar em ações concretas, com forte apelo popular e impacto imediato na vida cotidiana, o Palácio do Planalto sinaliza que pretende manter viva sua marca histórica: a combinação de crescimento com redistribuição.

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