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Governo discute redução de impostos para aliviar alta de combustíveis

Diesel e gasolina tiveram aumento de quase 50% nas refinarias desde que a Petrobras implantou em julho do ano passado sistema de reajustes de preços

Por Reuters
Atualizado em 18 Maio 2018, 16h04 - Publicado em 18 Maio 2018, 15h15

O governo federal está impressionado com a elevação dos preços dos combustíveis e já está discutindo uma redução de impostos para diminuir a pressão sobre os valores nas bombas. Segundo o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, há discussões em curso sobre o peso dos impostos incidentes sobre os preços dos combustíveis.

“O imposto é muito alto e temos que repensar essa questão, como PIS, Cofins e ICMS”, disse ele a jornalistas após palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Desde que a Petrobras implantou em julho do ano passado sistema de reajustes de preços dos combustíveis quase que diários, que busca acompanhar as cotações internacionais do petróleo e o câmbio, o diesel e a gasolina tiveram aumento de quase 50% nas refinarias da empresa, com uma boa parcela sendo repassada para os postos. O setor de combustíveis, entretanto, afirma que cerca de 50% do custo da gasolina na bomba vem de impostos.

“A discussão já está tendo, mas a vida não é fácil, e não sei quando pode ser anunciado”, adicionou ele.

Ao ser questionado sobre a política de preços da Petrobras, que repassa ao mercado interno a volatilidade externa do petróleo, que está operando perto de máximas de mais de três anos, Moreira afirmou que “nós vamos discutir (a política de preços)”. “Os combustíveis (estão) altos demais”, finalizou.

O setor de revendas de combustíveis do Brasil afirmou nesta quarta-feira que está “perdendo fôlego financeiro” e pediu ao governo mudanças tributárias para amenizar o prejuízo. “A política de preços de combustíveis adotada pela Petrobras em suas refinarias está trazendo prejuízo para famílias e empresas brasileiras que dependem de um bem prioritário”, disse a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), ponderando que o setor não defende “o retorno ao passado, quando os preços eram controlados pelo governo”, mas mudanças que tragam alívio aos revendedores.

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