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Governo descarta retorno do horário de verão neste ano

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que medida pode voltar em 2025; "Se fizéssemos agora, usufruiríamos pouco do custo-benefício", disse

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 out 2024, 17h55 - Publicado em 16 out 2024, 14h57

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira, 16, que o governo não decretará o retorno do horário de verão para este ano, mas não descartou a possibilidade de reavaliação da medida em 2025. Silveira explicou que a decisão de não adotar o horário de verão neste ano foi tomada após uma série de reuniões com especialistas do setor. “Nós, hoje, na última reunião com a ONS, chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para esse período. Temos a segurança energética assegurada”, afirmou.

O ministro explicou que o horário de verão tem o pico do custo-benefício nos meses de outubro,  novembro e até meados de dezembro e que não haveria grande vantagem em adotá-lo agora. “Se fizéssemos agora, nós usufruiríamos muito pouco desse pico do custo-benefício, porque mesmo decretando o horário de verão, nós teríamos que fazer um planejamento mínimo para os setores se adaptarem, nós conseguiríamos entrar com isso em meados de novembro”, disse.

Silveira também destacou que o planejamento adotado pelo governo foi essencial para garantir o abastecimento energético durante um dos períodos de maior seca da história do Brasil. “O Brasil viveu, desde 1950, a maior seca da nossa história e, graças a algumas medidas de planejamento, conseguimos chegar aos nossos reservatórios com índices de resiliência que nos dão tranquilidade”, explicou.

Apesar da decisão de não implementar o horário de verão em 2024, o ministro defendeu a política como uma ferramenta importante para o futuro. “É importante que o horário de verão seja sempre considerado. Ele não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político. É uma política que tem reflexos, tanto positivos quanto negativos, no setor elétrico e na economia”, afirmou, reforçando que a decisão foi técnica e de responsabilidade do ministério de Minas e Energia.

Histórico

O horário especial no verão usa a maior luminosidade solar para tentar economizar energia e é adotado em diversos países. No Brasil, a medida foi revogada em 2019, pelo então presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o governo argumentou que o fim do horário seguiu estudos que analisaram a economia de energia no período e também os efeitos sobre como o relógio biológico da população é afetado.

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O horário de verão foi adotado pela primeira vez no governo de Getúlio Vargas, em 1931, mas não era em períodos consecutivos. Houve a adoção entre 1949 e 1953, depois de 1963 a 1968, voltando em 1985 até 2018 — ano em que teve a duração reduzida pelo presidente Michel Temer.

Com o horário de verão, os relógios são adiantados em uma hora. Antes da suspensão, a iniciativa era vigente entre outubro e fevereiro nos estados da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

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