Governo dá três dias para Enel restabelecer fornecimento de luz em São Paulo
"Eventos climáticos não poderão mais ser expurgados da avaliação contratual, não é possível setor elétrico ser reativo", disse o ministro.
O governo federal deu três dias para que a Enel reestabeleça a maior parte do fornecimento de energia em São Paulo, disse nesta segunda-feira, 14, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O ministro afirmou que o setor elétrico não pode mais ter uma abordagem apenas reativa em relação a eventos climáticos extremos.
A cidade de São Paulo ainda tem mais de 500.000 imóveis sem energia elétrica desde a forte tempestade de sexta-feira 11.
“Ao contrário do que ela disse, que não tinha previsão de entrega dos serviços à população, eu disse que ela cometeu um grave erro de comunicação, grave erro de compromisso contratual com a sociedade de São Paulo, de não dar uma previsão objetiva.”
Nos próximos três dias, a empresa terá que restabelecer o fornecimento de energia para a parte mais substancial do povo de São Paulo, segundo o ministro. No sábado, o ministério enviou um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em que solicita que a agência cobre celeridade da distribuidora Enel para garantir o rápido restabelecimento da energia elétrica na região metropolitana de São Paulo. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a Aneel demonstra falhas na fiscalização da distribuidora, dado que os problemas enfrentados pela Enel são recorrentes em São Paulo e em outras áreas de concessão da empresa.
Durante a coletiva, nesta segunda-feira, Silveira criticou a Enel, disse que é preciso ter mais gente trabalhando nas ruas (atualmente são 1.400 pessoas dedicadas a restabelecer o serviço na capital paulista. “Ampliaremos para 2.900 o numero de profissionais atuando em São Paulo, vamos colocar mais 200 caminhões”, disse o ministro.
Silveira disse que não é possível mais deixar de lado a atuação durante eventos climáticos dos contratos de concessão. “Eventos climáticos não poderão mais ser expurgados da avaliação contratual, não é possível o setor elétrico ser reativo”, disse o ministro.