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Galípolo diz que IOF não deveria ser usado para arrecadar, apenas para regular

Presidente do BC disse que vai esperar negociações entre governo e Congresso antes de incluir alta do imposto nas projeções para taxa de juros

Por Redação Atualizado em 3 jun 2025, 09h59 - Publicado em 3 jun 2025, 09h55

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, deixou claro nesta segunda-feira, 2, que considera que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não deveria ser utilizado para aumentar a arrecadação ou mesmo para criar condições para redução da taxa de juros, mas apenas como instrumento regulatório dos fluxos de capitais. “Eu sempre tive essa visão de que não deveria utilizar o IOF nem para questões arrecadatórias, nem para fazer algum tipo de apoio para a política monetária. É um imposto regulatório, como está bem definido”, disse Galípolo em evento do Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP).

Recentemente, a equipe econômica do governo Lula mudou as regras de cobrança do IOF, provocando uma forte reação do mercado financeiro e penalizando o acesso a crédito por empresas e as operações de câmbio e compras internacionais para a classe média. O Congresso Nacional se preparou para derrubar as medidas e o governo agora negocia alternativas para não “precisar” manter o aumento do IOF. Ou seja, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e sua equipe acabaram por admitir que pretendiam usar o imposto como fonte de arrecadação para os cofres públicos.

Galípolo também comentou a questão do encarecimento de empréstimos para empresas. “Não é desejável que você tenha uma escolha de uma linha ou de um produto específico em função de uma arbitragem tributária”, disse ele em referência ao IOF para operações de crédito.

Apesar de alguns analistas estimarem que o aumento do IOF equivale a uma elevação de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic até o fim do ano, por causa do encarecimento do crédito, o presidente o BC disse que vai esperar para incorporar a mudança na tributação nas suas projeções, lembrando que o governo e o Congresso estão negociando a questão. “A gente tende a consumir com mais parcimônia, aguardar o desenho final para entender de que maneira e quanto deve ser incorporado nas nossas projeções”, afirmou Galípolo.

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