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Fusão entre Honda e Nissan: entenda como as negociações fracassaram

Reuters informa que o acordo ajudaria ambas a competirem contra marcas chinesas, segundo a Honda

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 fev 2025, 19h23

As negociações da fusão de 60 bilhões de dólares sugerida pela Honda, gigante do setor automobilístico, à rival Nissan fracassaram em pouco mais de um mês. A proposta feita pela Honda surgiu em meio a um cenário de apuros da concorrente japonesa no final do ano passado. No período, a Nissan perdeu sua força devido ao seu ceticismo em relação à demanda por híbridos nos EUA, seu principal mercado, além de ter passado por anos de vendas fracas e problemas internos em sua gestão. Os bastidores são de artigo da Reuters.

Segundo a publicação, na visão da Honda, a fusão ajudaria ambas as montadoras japonesas a competirem contra marcas chinesas, como a BYD e a GWM. Porém, as negociações para dar início ao acordo foram malsucedidas, principalmente pelo “orgulho” da Nissan e pela decisão abrupta da Honda de revisar os termos e propor que a Nissan se tornasse uma subsidiária, afirmam seis fontes da Reuters familiarizadas com o assunto.

Três das fontes anônimas comentaram que a Honda pressionou a Nissan a fazer cortes mais profundos em sua força de trabalho e capacidade de fábrica, o que foi recusado. A impressão tida pelas fontes foi de que a Nissan sentia que poderia se recuperar sozinha, apesar dos desafios que enfrentava. Segundo essas pessoas, os conflitos entre as duas companhias e o que a gerência da Honda viu como lentidão na tomada de decisões da Nissan derrubaram um acordo.

Em dezembro, a Nissan e a Honda anunciaram planos de fusão, um resultado das negociações que vinham mantendo desde março do mesmo ano, quando disseram que buscavam cooperar tecnologicamente. Porém, a discussão sobre a proporção da participação acionária da empresa recrutada rapidamente entrou em jogo. Makoto Uchida, CEO da Nissan, demonstrou dúvidas sobre as perspectivas do acordo, afirmou uma das fontes da agência.

Ainda segundo a agência, o plano era de que a Nissan se tornasse uma subsidiária da rival. Essa estipulação não estava no memorando de entendimento original da fusão, que foi assinado pelas duas empresas no final de 2024. Dentro da Nissan, a proposta foi vista como “ultrajante” e uma afronta à dignidade da empresa.

Se ambas as empresas concordarem em encerrar as discussões, nenhuma delas será responsável por uma taxa de rescisão de 100 bilhões de ienes (650 milhões de dólares), de acordo com o memorando de entendimento assinado por elas. A Reuters informa que a Nissan está aberta a trabalhar com novos parceiros, incluindo a Foxconn, a fabricante taiwanesa contratada para produzir os iPhones da Apple. Em resposta, o presidente da Foxconn, Young Liu, disse nesta quarta-feira, 12, que seu objetivo era cooperar com a Nissan, não adquiri-la. As duas empresas afirmaram que forneceriam atualizações sobre o assunto ainda no mês de fevereiro.

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