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Fórum VEJA Brazil Insights traz debates sobre o equilíbrio necessário para os negócios no país

Harmonia entre poderes, disciplina fiscal e segurança jurídica são vitais, dizem lideranças

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 Maio 2025, 14h23 - Publicado em 16 Maio 2025, 06h00

O clima ameno de Nova York na terça-feira 13, com temperatura de 18 graus, compôs o cenário ideal para o Fórum VEJA Brazil Insights, realizado no Hotel St. Regis. Afinal, a necessidade de baixar a fervura política de um país polarizado pelas eleições de 2022 e de encontrar respostas serenas para os graves problemas que travam o desenvolvimento permeou os debates profícuos do evento, que teve a participação de algumas das principais lideranças da política, do Judiciário e dos negócios. Para os presentes, o primeiro passo seria garantir a harmonia entre as instituições da República — e já se veem avanços nesse sentido. “Fala-se em tensões entre os poderes, mas isso não existe”, afirmou Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal. “Temos estabilidade institucional.”

ALERTA - Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco: necessidade de uma outra reforma na Previdência Social
ALERTA - Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco: necessidade de uma outra reforma na Previdência Social (Ricardo de Mattos/VEJA)
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PACIFICAÇÃO - Hugo Motta: o presidente da Câmara defende o fim da polarização política (Ricardo de Mattos/VEJA)

O equilíbrio é uma peça-chave para garantir que o calor dos debates políticos seja temperado pela objetividade na busca do crescimento econômico. “Precisamos dar tranquilidade ao país”, disse Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, ao participar de um painel com o senador Ciro Nogueira, presidente do Partido Progressistas, e Luiz Carlos Trabuco, presidente do Conselho de Administração do Bradesco. Motta lembrou que a articulação política permitiu a recente aprovação de importantes matérias na Casa, como a nova lei de concessões. Superar as divergências também levaria a União a atuar em parceria com os estados em áreas sensíveis como a segurança pública. “Essa questão já deixou de ser dos estados e se tornou federal”, disse Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, no painel que dividiu com Renato Casagrande, governador do Espírito Santo. Para Jaques Wagner, líder do governo no Senado, a violência é uma das faces da grande desigualdade que castiga milhões de brasileiros e que pode fomentar turbulências políticas. “A democracia não resistirá à exclusão social”, advertiu ao dividir o palco com o ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União, e com o deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ).

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FOCO - Castro (à esq.), governador do Rio de Janeiro, e Casagrande, governador do Espírito Santo: segurança é um tema que preocupa (Ricardo de Mattos/VEJA)
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ALERTA - Jaques Wagner: para o líder do governo no Senado, a exclusão social ameaça a democracia (Ricardo de Mattos/VEJA)

Para promover o crescimento econômico com inclusão social, contudo, o governo precisa atacar, de uma vez por todas, o rombo nas contas públicas. “A bomba fiscal é uma grande tempestade se formando no Brasil”, afirmou Fabio Carvalho, chairman do Grupo Abril, que publica VEJA. Se não for contida a tempo, a disparada da dívida pública, que já equivale a 77% do produto interno bruto, pode paralisar o governo nos próximos anos. “Seria uma tragédia”, disse o senador Ciro Nogueira. Desarmar essa bomba exigirá coragem para realizar outra reforma da Previdência Social, segundo Trabuco, do Bradesco. “A Previdência se baseia em teses do século XIX”, observou.

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URGÊNCIA - Robson Bonin, de VEJA, Wesley, da JBS, Faria, da Global Eggs, e Carvalho, do Grupo Abril: o problema da bomba fiscal (Lucia Pitter/VEJA)
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RISCO - Ciro Nogueira, presidente do PP: a explosão da dívida pública paralisaria o governo e a economia (Ricardo de Mattos/VEJA)

Enxugar a máquina pública é essencial para que a taxa básica de juros caia e, com ela, o custo do capital, criando condições mais favoráveis aos investimentos privados. “Os juros reais estão em um patamar insustentável”, disse Wesley Batista, um dos donos da JBS, uma das maiores empresas de alimentos do planeta. Para ele, juros mais baixos levariam o Brasil a crescer 5% ao ano. Ninguém presente ao Fórum, porém, duvida de nosso potencial. “No Brasil, uma família pode enriquecer e mudar de patamar em apenas uma geração”, afirmou Ricardo Faria, presidente da Global Eggs. Nascido em um ambiente de classe média, Faria criou a empresa do zero e a transformou na segunda maior produtora de ovos do mundo. Como comprovado no encontro em Nova York, o espírito empreendedor dos brasileiros pode produzir muito mais — bastam as condições certas.

Publicado em VEJA de 16 de maio de 2025, edição nº 2944

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