Foguetes, satélites e radares: governo anuncia R$ 112,9 bi para indústria de defesa
O setor vai receber investimentos de 79,8 bilhões de reais de recursos públicos e 33,1 bilhões de reais em investimentos privados

O governo anunciou, nesta quarta-feira 12, investimentos de 112,9 bilhões de reais para impulsionar o desenvolvimento de tecnologias estratégicas para a defesa do país, como radares, satélites e foguetes.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, no evento de comemoração de um ano do programa Nova Indústria Brasil e da Missão 6, voltada para a indústria de defesa. O presidente Lula também participou do evento. Nesta quarta-feira, a China deu um passo estratégico na corrida de negócios no espaço com o lançamento de um foguete carregado de satélites de internet, desafiando o domínio de Elon Musk com a Starlink e SpaceX.
Para essa missão do programa Nova Indústria Brasil, a indústria de defesa vai receber investimentos de 79,8 bilhões de reais de recursos públicos e 33,1 bilhões de reais do setor privado. O programa é estruturado em seis missões de impulso à indústria, divididas por áreas: agroindústria, complexo industrial da saúde, cidades, transição digital, transição ecológica e a sexta missão, voltada para a indústria de defesa, incluindo o setor aeronáutico.
Falando na abertura do evento, Alckmin destacou a importância da indústria de defesa para o desenvolvimento de tecnologias avançadas, com aplicações no dia a dia, como o GPS. Segundo ele, a Nova Indústria Brasil fortalece o setor e amplia a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, citando o cargueiro KC-390 da Embraer como exemplo.
Nos últimos dois anos, as exportações de produtos de defesa cresceram. Em 2024, o Brasil exportou 1,8 bilhão de dólares, um aumento de 22% em relação a 2023, quando o valor foi de 1,5 bilhão de dólares — um crescimento de 123% em comparação a 2022.
“O programa Nova Indústria Brasil vai deixar a indústria mais inovadora, mais verde, mais sustentável, mais exportadora e uma indústria competitiva”, disse Alckmin.