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FMI reduz previsão de crescimento da América Latina para 1,6%

Projeção anterior era de 2%. Fundo também prevê crescimento de 1,8% do Brasil e inflação de 1.000.000% na Venezuela

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 23 jul 2018, 21h49 - Publicado em 23 jul 2018, 19h58

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção de crescimento da economia da América Latina de 2% para 1,6% em 2018 . A previsão mais otimista era a de abril. O órgão afirmou que a atividade econômica da região vai continuar sua recuperação, mas em um quadro ainda de dificuldades. A perspectiva de crescimento em 2019 também foi revisada, de 2,8% para 2,6%. A América Latina cresceu 1,3% no ano passado.

“Embora o crescimento tenha sido acelerado em alguns países, a recuperação tornou-se mais dura para algumas das principais economias por causa de pressões do mercado em um nível global, amplificadas por vulnerabilidades específicas dos países”, afirma Alejandro Werner, diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI.

Em sua análise, Werner diz que as condições para a demanda global e as finanças tornaram-se mais frágeis, com riscos de baixa maiores e em um quadro de aperto gradual das condições financeiras pelo mundo. “Uma escalada nas tensões e conflitos comerciais aumenta os riscos de baixa para a perspectiva atual, inclusive por meio de seu impacto potencial sobre a incerteza e o investimento”, explica.

Brasil

No caso específico do Brasil, o FMI reafirmou que prevê crescimento de 1,8% em 2018 (em abril, projetava 2,3%). Para 2019, a estimativa foi mantida em 2,5%. O fundo cita como causas as condições globais mais restritas e a recente greve dos caminhoneiros no país.

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“O resultado incerto das eleições gerais de 2018 pode pesar mais sobre o crescimento”, alerta o fundo. O FMI menciona ainda que os esforços para a aprovação de uma “muito necessária reforma da Previdência”, que ele julga como “uma medida-chave para a consolidação fiscal subjacente”, estão paralisados por causa do calendário eleitoral.

Venezuela

Caso mais grave é o da Venezuela, que enfrenta “profunda crise econômica e social”. O PIB real do país de Nicolás Maduro deve encolher 18% neste ano e 5% em 2019, com queda forte na produção de petróleo, em um quadro de “grandes desequilíbrios macroeconômicos”, diz o FMI. Além disso, o fundo projeta inflação de 1.000.000% no fim de 2018. O fundo prevê também a disseminação de efeitos negativos do quadro venezuelano em países vizinhos, sem entrar em detalhes.

A Argentina, por sua vez, deve sofrer contração econômica no segundo e no terceiro trimestres deste ano. “O crescimento neste ano deve desacelerar para 0,4%, com recuperação gradual em 2019 e 2020, apoiada pela volta da confiança no âmbito do programa de estabilização apoiado pelo fundo”, argumenta Werner, citando que isso deve gerar um custo mais baixo de capital, inflação menor e demanda maior de exportações dos parceiros.

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O Chile, na contramão, deve crescer 3,8% neste ano, acima da projeção anterior, de 3,4%, diz o FMI, que se refere à força da confiança das empresas e dos consumidores no país.

Em relação ao México, o fundo diz que o quadro é de dúvidas por causa do futuro do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), que os EUA renegociam com o país e o Canadá. O PIB mexicano deve acelerar e avançar 2,3% em 2018 (de +2,0% em 2017), diz Werner, porém há incertezas para os investimentos e, em menor medida, para o consumo privado.

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“Um compromisso claro com a responsabilidade fiscal e a contínua redução do nível da dívida pública pelo governo recém-eleito serão cruciais para preservar a estabilidade macroeconômica e financeira”, afirma o FMI, ao fazer uma menção ao presidente eleito, Andrés Manuel López Obrador.

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