FMI: infraestrutura deve limitar crescimento do Brasil
Segundo o Fundo, país ainda será prejudicado pelo aumento dos preços das commodities e pela retirada dos estímulos norte-americanos
O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a mencionar os gargalos na infraestrutura como um fator para limitar um maior crescimento da economia brasileira. “O Brasil está correndo contra estrangulamentos pelo lado da oferta, que estão restringindo a expansão do produto e puxando a inflação para cima. Assim, não vemos o crescimento este ano maior que os 2,3% do ano passado”, afirmou o diretor para o Hemisfério Ocidental do Fundo, Alejandro Werner, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira.
Werner diz que a queda dos preços internacionais das commodities, devido à desaceleração da economia chinesa, vai ofuscar o crescimento da demanda por produtos brasileiros. O diretor destaca ainda que as condições nos mercados financeiros internacionais vão ficar mais apertadas, em meio à retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Isso se traduz em custos mais altos de empréstimos no mercado financeiro.
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Na América Latina, o México deve ser um dos destaques de crescimento este ano e se expandir 3%, acima dos 1,2% do ano passado, puxado pela recuperação dos Estados Unidos. A projeção do FMI é que os EUA cresçam 2,8% em 2014, acima dos 1,9% de 2013.
Para países como Argentina e Venezuela, as perspectiva é menos favorável, diz o diretor. Pressões na inflação, no câmbio e no balanço de pagamentos estão pesando na confiança dos agentes e afetando a demanda agregada.
(com Estadão Conteúdo)