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Fila quilométrica de caminhões de soja se forma em porto do Pará; veja vídeo

A escassez de espaços para armazenagem dos produtos tem aumentado o volume de caminhões na estrada após a colheita a cada ano

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 mar 2025, 08h13 - Publicado em 27 mar 2025, 08h00

Em meio à safra recorde de grãos prevista para este ano, uma longa fila de caminhões se formou nos arredores do Porto de Miritituba, localizado na cidade de Itaituba, no sudoeste do Pará. O porto fica à margem do rio Tapajós e é uma das principais vias de escoamento da produção de grãos do Mato Grosso e Pará.

O congestionamento ocorre em um trecho sem pavimento da BR-230, a Transamazônica. Vídeos registrados na sexta-feira, 21, mostram centenas de carretas enfileiradas ao longo da rodovia. Caminhoneiros relatam congestionamentos na região pelo menos desde o início de março, quando a fila chegou a 3 000 veículos.

Assista ao vídeo:

Além do volume crescente de caminhões, a situação é agravada pelas chuvas, que abrem buracos e formam atoleiros na via não pavimentada. Mas o problema vai além das condições das estradas. Trata-se de um gargalo estrutural da logística brasileira, que se intensifica em períodos de supersafra.

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Para 2025, a estimativa é de uma colheita recorde de 328 milhões de toneladas de grãos, sendo 168 milhões apenas de soja. O problema: a armazenagem não acompanha esse crescimento. O Brasil tem capacidade para estocar 210 milhões de toneladas, bem abaixo do volume colhido. Para contornar essa limitação, produtores contratam caminhões como armazéns móveis, colocando-os na estrada antes do embarque para exportação. Para descarregar a carga no porto, cada caminhão precisa agendar um dia e hora, mas os produtores acabam antecipando o despacho e pagando diárias a mais aos motoristas, apenas para que guardem a soja que não podem estocar nas fazendas.

“O agronegócio enfrenta esse problema recorrente por ser um setor sazonal – tudo é produzido e escoado ao mesmo tempo, numa janela curta”, diz Carley Welter, diretor de relações institucionais da Associação Nacional das Empresas de Transporte de Cargas (ANATC) e autor do vídeo em Itaituba. “Todo ano nos deparamos com o mesmo problema de falta de armazenagem. O que se produz não tem onde ser guardado”. Além de pressionar a infraestrutura das rodovias, o desequilíbrio entre oferta e demanda de transporte encarece os fretes, elevando custos para o setor.

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