ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Fed sinaliza maior moderação nos cortes de juros e projeta dólar mais alto

O comitê sinaliza um ritmo mais lento na redução, o que pode fortalecer o dólar devido diferencial de juros em relação a outras economias

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jan 2025, 16h46

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, divulgou nesta quarta-feira, 8, a ata da reunião de dezembro de 2024, na qual o comitê optou por reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, estabelecendo o novo intervalo entre 4,25% e 4,5%. No documento, o Comitê sinalizou que a política monetária pode estar entrando em uma fase de maior moderação — ou seja, de ritmo mais lento.

A inflação nos EUA, embora tenha recuado de níveis mais elevados, continua preocupando os formuladores de políticas. Em outubro, a variação de 12 meses do índice de preços para despesas de consumo pessoal (PCE) foi de 2,3%, abaixo dos 3,0% do ano anterior. No entanto, a inflação básica, que exclui os voláteis preços de energia e alimentos, ainda estava em 2,8%, um número que, embora em queda, permanece acima da meta de 2% do Fed. As projeções indicam que o impacto de fatores como mudanças na política comercial com a gestão do republicano Donald Trump pode prolongar o tempo necessário para que a inflação volte ao alvo.

O Fed ainda vê riscos de uma reversão nas expectativas de preços. As projeções de mercado sugerem uma desaceleração no ritmo dos cortes de juros em 2025, com a expectativa de que um cortes de 0,75 pontos percentuais ao longo do ano. Entretanto, a incerteza permanece elevada, com os investidores oscilando entre temores de um aperto prematuro e a esperança de uma flexibilização mais acentuada caso a economia enfraqueça.

Além disso, o produto interno bruto (PIB) continuou a expandir-se a um ritmo sólido em 2024, e o mercado de trabalho permaneceu aquecido, com ganhos mensais nas folhas de pagamento e uma taxa de desemprego que se manteve baixa, embora tenha subido ligeiramente para 4,2% em novembro.

A incerteza permanece elevada, com os investidores oscilando entre temores de um aperto prematuro e a esperança de uma flexibilização mais acentuada caso a economia enfraqueça. Essa incerteza também se estende ao cenário internacional. Embora os bancos centrais das economias avançadas devam continuar a reduzir suas taxas em 2025, a ata do Fed observou que o diferencial entre as taxas de juros dos EUA e dos países estrangeiros pode crescer ainda mais, elevando o dólar.

A ata de dezembro indica que o Fed ainda não alcançou um consenso definitivo sobre seus próximos passos, mas destaca uma postura mais cautelosa para 2025, em meio a incertezas globais, tensões geopolíticas e a transição de liderança com o novo presidente dos Estados Unidos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.