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Faturamento da indústria recua em agosto pressionado por juros e câmbio, aponta CNI

Quase todos os indicadores do setor pioraram no mês, incluindo o rendimento de trabalhadores

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 out 2025, 11h07 - Publicado em 7 out 2025, 11h02

O faturamento da indústria brasileira recuou 5,3% em agosto na comparação com julho, segundo os Indicadores Industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira, 7. É o quarto resultado negativo nos últimos seis meses, refletindo o enfraquecimento da atividade no setor.

Com o novo recuo, o saldo positivo do ano encolheu. Até julho, o faturamento acumulado em 2025 superava em 5,1% o do mesmo período de 2024. Agora, o avanço é de apenas 2,9%, sinalizando perda de tração na atividade industrial.

De acordo com Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI, o recuo é resultado de uma combinação de fatores que têm pressionado o setor. “O primeiro deles é o patamar elevado dos juros, que impacta o crédito e o crescimento econômico”, diz. “Um segundo elemento é a entrada de bens importados, especialmente de consumo, capturando parte do mercado da indústria nacional”.

A representante da confederação também chama atenção para a valorização do real frente ao dólar, que torna os produtos brasileiros mais caros no exterior e, por consequência, impacta negativamente as exportações. A moeda americana terminou agosto de 2024 cotada a 5,61 reais e, exatamente um ano depois, a cotação estava em 5,43 reais.

Entre os demais indicadores acompanhados pela entidade, quase todos mostraram desempenho negativo. As horas trabalhadas na produção recuaram 0,3% entre julho e agosto, embora ainda acumulem alta de 1,6% no ano. A massa salarial diminuiu 0,5% em agosto e acumula retração de 2% no ano. O rendimento médio dos trabalhadores caiu 0,6% no mês e 4,1% entre janeiro e agosto.

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O emprego industrial, por outro lado, manteve-se estável pelo quarto mês seguido, depois de uma sequência de 18 meses de crescimento ininterrupto até abril. No acumulado de 2025, o número de postos de trabalho ainda é 2,2% superior ao observado no mesmo intervalo de 2024.

O único indicador com resultado positivo foi a Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que subiu 0,2 ponto percentual, para 78,7%. Apesar da alta pontual, a média do ano ainda está 0,7 ponto abaixo da observada em 2024.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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