Executivos do HSBC são demitidos sem bônus no dia do bônus
Novo CEO do banco demitiu executivos no mesmo dia em que eles ficariam sabendo os valores de suas remunerações extras anuais

O HSBC, sob a liderança do novo CEO Georges Elhedery, está adotando uma abordagem mais rigorosa em relação aos custos. No mês passado, segundo o Financial Times, o banco demitiu executivos no mesmo dia em que eles deveriam saber os valores de seus bônus, e muitos desses profissionais não receberam qualquer bonificação. A medida faz parte de um esforço maior para reduzir custos, com o objetivo de economizar US$ 300 milhões em 2025 e cortar US$ 1,5 bilhão de sua base de custos anual até o final do próximo ano.
A reestruturação do HSBC inclui o encerramento de suas operações de fusões e aquisições e de mercados de ações na Europa, Reino Unido e Américas, mantendo essas capacidades apenas na Ásia e no Oriente Médio. Essa mudança reflete a estratégia do banco de focar em regiões mais lucrativas e cortar custos em áreas menos rentáveis. A decisão de não pagar bônus aos funcionários demitidos é incomum no setor, onde muitos bancos pagam remunerações extras, mesmo que menores, como parte de programas de reestruturação.
O HSBC está sob pressão para reduzir custos, pois o impulso que recebeu dos aumentos das taxas de juros nos últimos anos começou a diminuir. A receita do banco é fortemente dependente dessa que representa a metade de sua receita total. Além disso, o banco está reorganizando suas operações globais, fundindo unidades e eliminando camadas de gestão sênior.
A reestruturação do HSBC também envolve mudanças na estrutura organizacional, com a criação de divisões geográficas como “mercados orientais” e “mercados ocidentais”. Essas mudanças visam a simplificar as operações do banco e melhorar sua eficiência. O pacote de remuneração proposto para Elhedery, que pode chegar a 19,8 milhões de libras se o preço das ações do banco subir 50%, reflete a pressão para melhorar o desempenho financeiro do HSBC e aumentar o valor das ações.