Ex-presidente do Fed Alan Greenspan, cuja morte foi anunciada, está vivo
Uma conta falsa usando o nome William Nordhaus, laureado com o Prêmio Nobel da Economia na segunda (8) disse que Greenspan havia morrido

O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) Alan Greenspan, de 92 anos, está vivo e bem, disseram pessoas de seu entorno, negando um tuíte de uma conta fake em nome do economista William Nordhaus — que recebeu o Prêmio Nobel da Economia no dia anterior — que comunicava a morte do executivo. “O ex-presidente do Fed Alan Greenspan faleceu”, dizia o tuíte.
Uma hora depois, foi publicado um segundo tuíte: “Esta conta é falsa, criada pelo jornalista Tommaso Debenedetti”.
Mas a notícia já tinha se espalhado rapidamente na internet, levando a própria esposa do “morto”, Andrea Mitchell, a negar a fake news, também pelo Twitter. “Até agora, os rumores são enganosos”, disse Mitchell, que é correspondente da NBC, referindo-se ao fato de que a morte de Alan Greenspan já havia sido falsamente anunciada no passado.
“Alan está bem, na verdade, ele está lançando um livro na semana que vem!”, acrescentou.
A AFP não conseguiu entrar em contato com o jornalista italiano Tommasso Debenedetti para confirmar ou negar esta informação.
No fim de agosto, foi o cineasta franco-grego Costa Gavras, de 85 anos, que teve que negar a sua própria morte, anunciada por vários veículos de comunicação internacionais em uma conta falsa do Twitter também atribuída a este repórter.
Se de fato ele é o autor da fake news, Debenedetti é reincidente: já “matou” alguns personagens, como JK Rowling, Mikhail Gorbachev, Fidel Castro e o papa, afirmando que seus falsos tuítes são uma ferramenta para denunciar os “pontos fracos” da mídia e a “fragilidade das redes sociais”.
“Só faço com personalidades de primeira ordem, que têm todos os meios necessários para desmentir rapidamente. Nunca anunciaria a morte de um escritor de segunda ordem ou meu vizinho”, disse ele em 2013 em uma entrevista à AFP.
William Nordhaus não estava imediatamente disponível para comentar. A Universidade de Yale, onde ele leciona, simplesmente confirmou que era uma conta falsa do economista usada para fins de engano.