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Especialista aponta erro comum que afasta conexões reais no LinkedIn

Profissional em neurocomunicação e neuromarketing, Maísa Dóris fala sobre o poder de comunicação de uma história bem contada

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 abr 2025, 12h33 - Publicado em 7 abr 2025, 12h11

Na tentativa de conquistar espaço no mercado, visibilidade e novas oportunidades, muitos usuários cometem um erro clássico de narrativa: focar demais nos sucessos e esconder os fracassos.

Segundo a especialista em neurocomunicação e neuromarketing, Maísa Dóris, autora do livro “Olhe para Trás: o poder da escrita curativa” (Editora Manjedoura), essa prática não apenas compromete a autenticidade da comunicação, como também reduz drasticamente as chances de criar uma conexão genuína com o público.

Ela fala sobre a importância de desenvolver a capacidade de contar boas histórias, mostrando vulnerabilidade de forma estratégica — especialmente em contextos profissionais ou de liderança.

Um levantamento da consultoria Nielsen mostra o impacto do chamado storytelling nas relações de comunicação: mensagens transmitidas por meio de histórias são até 22 vezes mais memoráveis do que simples fatos apresentados de forma tradicional.

“O erro é querer compartilhar só o sucesso. Isso afasta as pessoas”, afirma. Com as redes sociais no centro da atenção dos brasileiros, muita gente se confunde, achando que a vida é sobre contar vitórias — quando nunca foi, diz ela. “A vida é sobre contar as partes complicadas.”

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Nas redes sociais, onde prevalece a “versão palco” da vida, a ausência desse lado B pode gerar uma comparação irreal e desmotivadora. É inegável que o LinkedIn virou uma vitrine de currículos. Mas também é verdade que são as histórias reais — com perrengues e soluções criativas — que têm maior poder de “furar a bolha” da rede e alcançar um público mais amplo.

Mas não se trata de sair por aí narrando fracassos ou histórias tristes. “As pessoas se conectam quando você mostra o que deu errado e como superou. É isso que gera tensão emocional e prende a atenção de quem te escuta.”

Com base em estudos de neurociência e em suas próprias experiências, Maísa desenvolveu um método voltado a ajudar pessoas a melhorarem sua capacidade de narrar a própria jornada. 

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Sua metodologia propõe um resgate estruturado da trajetória do participante, transformando aprendizados — inclusive os dolorosos — em ativos de comunicação com alto poder de conexão. “Os gregos já diziam que a comunicação mais eficaz é aquela que vai de um coração para outro coração”, cita. 

Ela costuma dizer que  toda jornada tem valor — inclusive aquilo que deu errado. “Mesmo as escolhas que uma pessoa não quer repetir contam muito sobre ela. E é essa parte que gera identificação com o outro”, explica.

É como numa palestra: se o palestrante sobe ao palco falando apenas de méritos, o público não se envolve. “Mas quando ele compartilha algo verdadeiro, humano, a história vira ponte.”

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Gostar de ouvir histórias está na nossa ancestralidade, lembra Maísa. Não é à toa que o poder de conexão das narrativas é tão utilizado por marcas como Coca-Cola, Nike, Google e Apple. Dados da Neuromarketing Science and Business Association indicam que 92% dos consumidores desejam que as marcas criem conteúdos que pareçam histórias. 

“Já existem posições dentro das empresas como Head of Storytelling ou Chief Storytelling Officer. É um poder tão grande de conexão que, há tempos, as marcas usam essa estratégia para se aproximar do público.”

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