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“Era muito trabalho”, diz Musk sobre metas não alcançadas no governo Trump

O bilionário fundador da Tesla fez entrevista ao lado de Trump para se despedir de sua função à frente de departamento de corte de gastos

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 Maio 2025, 16h17 - Publicado em 30 Maio 2025, 16h14

Em entrevista coletiva no Salão Oval da Casa Branca, nesta sexta-feira, 30, Elon Musk e o presidente americano Donald Trump trocaram os papeis que desempenharam 128 meses antes, quando o bilionário assumiu a missão de cortar gastos e reduzir a burocracia governamental, no comando de um órgão paraestatal conhecido pela sigla DOGE (Departamento de Eficiência Governamental). Naquela ocasião, Musk dominou a cena e Trump quase não falou. Desta vez, na despedida de Musk do cargo, foi o presidente quem respondeu a quase todas as perguntas e o fundador da Tesla mais escutou do que falou.

Trata-se de uma saída melancólica para Musk, que prometeu cortar 1 trilhão de dólares em gastos governamentais. Na avaliação dele próprio, o máximo que conseguiu foi uma economia de 160 bilhões de dólares — ainda assim um dado altamente questionável, que inclui contratos encerrados há anos e outros que ainda nem tinham entrado em vigor.

Mesmo o que foi de fato cortado pode ter gerado ineficiência em vez de eficiência. Foi o que ocorreu com o cancelamento de projetos científicos já avançados antes que pudessem trazer resultados práticos. Além disso, enquanto Musk fazia cortes — inclusive em projetos de combate à fome no mundo (razão pela qual o bilionário Bill Gates afirmou que ele havia matado crianças pobres) — na outra ponta os gastos governamentais como um todo cresceram 6% nos primeiros meses deste ano comparados com o mesmo período do ano passado.

De pé ao lado de Trump, que permaneceu sentado na cadeira presidencial, Musk justificou os resultados desapontadores com a seguinte frase: “Era simplesmente muito trabalho.” Musk também afirmou que vai continuar sendo um “amigo e conselheiro” de Trump. Além da dificuldade de cumprir as promessas com o DOGE, nas últimas semanas o bilionário vinha batendo de frente com alguns integrantes do governo, principalmente na questão das tarifas comerciais, às quais ele se opõe por serem especialmente danosas para a indústria automobilística.

As ações da sua montadora de carros elétricos, a Telsa, caíram tanto desde o início do ano que Musk ficou cerca de 100 bilhões de dólares menos rico no período. Acionistas da empresa estavam nervosos com sua participação no governo e a notícia de sua despedida fez as ações subirem esta semana.

Trump minimizou a saída de Musk, afirmando que ele vai ficar “saindo e voltando” do governo.

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