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Por que empresas e mercado têm visões diferentes sobre a inflação de 2025

Pesquisa Firmus, que consulta o setor produtivo, estima o IPCA dentro da meta para 2025, enquanto o mercado prevê estouro

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jan 2025, 12h29 - Publicado em 13 jan 2025, 11h44

Líderes empresariais subiram as expectativas para a inflação deste ano, e a maioria estima que a cotação do dólar deva ficar no patamar entre 5,50 e 5,75 reais nos próximos seis meses. De acordo com a quinta rodada da pesquisa Firmus do Banco Central (que traz as projeções de empresas que não são da área financeira), a mediana das expectativas para o IPCA, principal índice que mede a inflação, de 2025 aumentou de 4%, na pesquisa divulgada em agosto, para 4,2%.

O resultado é influenciado pelo aumento na frequência de líderes empresariais que estimam que a inflação deste ano termine entre 4,50% e 5%, indicando aumento da percepção de estouro do teto da meta. Analistas do mercado financeiro estimam que a inflação de 2025 fique em 5%, de acordo com o Boletim Focus, divulgado também nesta segunda-feira, 13.

Para 2025, a meta do governo é fechar o ano com inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5%, mesma meta estipulada para o ano passado. Em 2024, o IPCA fechou o ano em 4,83%, acima do teto. Em novembro, os empresários estimavam que o IPCA fecharia o ano em 4,6%, alta de 0,4 ponto percentual em relação à versão anterior da Firmus.

A pesquisa está em fase de testes, e a coleta da quinta rodada ocorreu entre 11 e 29 de novembro de 2024, reunindo 136 respostas completas, 41 a mais do que na rodada anterior, divulgada em agosto. Para 2026, a mediana para o IPCA de 2026 aumentou de 3,6% para 4%, influenciada pela redução na frequência de respostas iguais ou inferiores a 3,5%.

No relatório, o BC destaca a deterioração na percepção das empresas sobre a situação econômica atual, com prevalência do sentimento “discretamente negativo”.  A maioria das empresas, no entanto, segue otimista quanto ao desempenho relativo do seu setor, com predomínio do cenário de crescimento em patamar igual ou superior ao do PIB. A pesquisa mostra que a maioria dos empresários respondeu que espera que o produto interno bruto (PIB) avance 2% em 2025.

Apesar do otimismo, o custo de mão de obra deve ficar mais caro. A pesquisa mostra alta na proporção de empresas que esperam crescimento dos custos de mão de obra acima de 4%. O BC destaca ainda o crescimento na parcela de empresas que projetam ajustes nos preços de seus produtos em linha ou discretamente acima da inflação.

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